Proiba-se a entrada no El Dorado de Trump a todos os manetas, pernetas, marretas, marrecos e seus tarecos. Impeça-se a invasão de hispânicos, germânicos, islâmicos, satânicos libertários. Vede-se a passagem a mamelucos, malucos, eunucos. A mongóis, espanhóis, caracóis não arianos. A chineses, franceses e outros malteses. A beduínos e suínos. A pretos com pecado, brancos com mancha, amarelos encardidos, cãozoada sem pedigree. A olhos em bico, corações generosos, mãos amigas. A hindús, budistas, sacristas. A refugiados, maltratados, maltrapilhos. Interdite-se o contraditório, a diferença, a variedade. A democracia, a liberdade.
We're all fired. Fora! Rua que esta pátria não é tua nem de quem a apanhar. É dos expatriados de Inglaterra, dos expropriadores de terra, dos fora-da-lei e dos desavindos d'el-rei, dos caubóis e dos carcanhóis, do dólar sacrossanto e da santa Wall Street, do melhor povo do mundo na mais gloriosa nação do mundo, agora outra vez maior, outra vez melhor, mais rica, mais segura, mais, mais, mais, mais, mais e tudo o mais.
Por mim, fiquem com ela. Abocanhem-na. Amanhem-na e amanhem-se. Isolem-se e amolem-se. Por mim, não me levem para a gaiola de doidos onde o trunfa laranja por agora impera. Não me prendam, não me vendam por um punhado de bucks. De bills ou dimes. De dead presidents. Enquanto este andar por aí, alive and kicking na dignidade e nos direitos de cada um.
Com todas as letras e sem pudor: fuck you Mr. Trump!
ouropel.blogspot.pt
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