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terça-feira, 22 de abril de 2014

Otelo_esta_coligação_esta_a_passar_a_certidao_de_óbito_ao_25_de_Abril - Otelo Saraiva de Carvalho acusou, na segunda-feira, a coligação PSD/CDS-PP de estar a passar "a certidão de óbito ao 25 de Abril", considerando que os capitães foram impedidos de falar nas comemorações por medo do Governo em "ser exposto".



Otelo: "Esta coligação está a passar a certidão de óbito ao 25 de Abril"Otelo Saraiva de Carvalho acusou, na segunda-feira, a coligação PSD/CDS-PP de estar a passar "a certidão de óbito ao 25 de Abril", considerando que os capitães foram impedidos de falar nas comemorações por medo do Governo em "ser exposto".



Otelo Saraiva de Carvalho acusou, na segunda-feira, a coligação PSD/CDS-PP de estar a passar "a certidão de óbito ao 25 de Abril", considerando que os capitães foram impedidos de falar nas comemorações por medo do Governo em "ser exposto". O coronel que coordenou o Movimento das Forças Armadas em 1974 esteve na segunda-feira à noite num debate no âmbito das comemorações do 25 de Abril organizadas pela Câmara de Gondomar, tendo sido questionado à margem pelos jornalistas sobre o facto de um representante dos capitães de Abril não ir discursar no Parlamento na sessão comemorativa dos 40 anos da Revolução dos Cravos.    "Esta coligação está a passar, linha a linha, a certidão de óbito ao 25 de Abril. É contra esse avanço da direita que está a procurar fazer esquecer o 25 de Abril e a relutar em diligenciar por cumprir valores de Abril, é contra isso que nós estamos a lutar e estamos a procurar reverter a situação", disse.   De acordo com Otelo, a Associação 25 de Abril decidiu não comparecer nas cerimónias porque não foi satisfeita a reivindicação para falar sobre os 40 anos da revolução e sobre "aquilo que foi alcançado e aquilo que ficou por fazer, que é muito", acusando a coligação PSD/CDS-PP de ter impedido os capitães de falarem.   Já no debate, e perante a mesma questão vinda da plateia, o coronel na reforma considerou que "há um receio por parte dos dirigentes daquilo que pode ser a crítica dos homens de Abril" à situação do país e à forma como o país está a ser governado, afirmando que há "medo por parte do Governo ser exposto pelos capitães de Abril".   "Estão a criar-se condições que permitem, de facto, o surgimento de uma nova ditadura de direita", alertou ainda, na sequência de uma pergunta feita no debate.   Durante a sessão - na qual se intitulou 'honoris causa' em 25 de Abril - Otelo disse ser defensor da democracia directa e quando o tema foi eleições e o perigo da abstenção atirou: "Eu que tenho um contencioso grande com o PCP gostava de ver o PCP um dia ganhar as eleições".   Na opinião do militar que coordenou o Movimento das Forças Armadas em 1974, existe hoje de novo o medo na sociedade portuguesa, num país onde o povo é "sereno, humilde e submisso" e há "o culto do respeitinho".   Aos jornalistas, Otelo disse não ser possível fazer um outro 25 de Abril porque "as circunstâncias são completamente diferentes", uma vez que "não há guerra colonial e não há serviço militar obrigatório". "Nós, os das gerações que fizeram o 25 de Abril e nas poucas que se lhe seguiram depois, existe essa revolta porque aquilo com que sonhamos para o povo que é o nosso não foi alcançado, na totalidade, pelo menos", lamentou.   Marisa Matias, a cabeça de lista do BE às próximas eleições europeias, foi a outra oradora deste debate, tendo defendido que em algumas áreas do estado social, como a saúde ou a educação, houve retrocessos. "Há uma parte da herança de Abril que se mantém: a liberdade, ela está aqui. Mas estamos a viver efectivamente uma mudança de regime", alertou.   A eurodeputada sublinhou que "quem manda não é necessariamente quem é eleito para governar" e que "os mercados financeiros raptaram a democracia e estão a sobredeterminar as decisões que são tomadas em cada país". "Sobretudo nos países onde a dívida está ser usada como chantagem para poder pôr em prática um programa que jamais poderia ser posto em prática se fosse levado a escrutínio democrático", concretizou.

2 comentários:

Joaquim disse...

Este tipo é uma grande treta. Já provou que o era, em tempos que já lá vão, mas que não esquecerão. Blá, Blá, Blá... Quanto a srª. Márisa, só lhe reconheço uma cara bonita. mais nada.

Garrochinho disse...

Essa é a sua opinião ! há tanta coisa que não dá para esquecer, tanto entrave ao 25 de Abril e em nome de Abril. Há tanta coisa que se diz dos que fizeram o 25 de Abril e tão pouco fundamentado, por vezes dor de cotovelo e outras para tapar outros erros mais graves dos que ainda hoje não têm coragem de fazer a revolução. É a direita que se deve combater e não a esquerda.Até porque foram eles os capitães que nos permitiram estar aqui a escrever.