MAIS EMPREGO E MELHORES SALÁRIOS NA VENEZUELA
2014-03-16
O desemprego na Venezuela baixou para 5,6% durante o ano de 2013, revela em Instituto Nacional de Estatística, e o salário mínimo foi aumentado 10% pelo governo no início de Janeiro, o que significa uma subida global de 59% entre Maio do ano passado e o início deste ano.
A taxa de desemprego é a mais baixa registada alguma vez durante o regime bolivariano lançado durante as presidências de Hugo Chávez.Quando este foi eleito, em Dezembro de 1998, o desemprego na Venezuela atingia os 11%.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística venezuelano revelam que a actividade económica no país evoluiu positivamente entre 1999 e2013 devido, sobretudo, ao papel condutor desempenhado pelo Estado e o sector público - o que se traduziu na criação de quase 4,2 milhões de postos de trabalho. O trabalho "informal", que tinha uma taxa de 55% em 1999,desceu para 37,9% em 2013. NO mesmo período, o emprego formal, contratualizado e formalmente garantido, cresceu de 45% para 62,1%.
A Venezuela tornou-se entretanto o segundo país com maior número de imigrantes na América Latina, a seguir à Argentina. Os novos recém-chegados ao país são, na sua maioria, espanhóis fugidos à crise no seu país e na União Europeia.
No início do ano o governo do presidente Nicolás Maduro aumentou em 10% o salário mínimo, fixando-o em 3270 bolívares, mais 59% do que em Maio de 2013. A medida foi acompanhada pelo reforço das leis laborais no sentido de uma maior contratualização e do aumento dos direitos dos trabalhadores, invertendo a tendência existente dominada pela liberalização do mercado de trabalho.
A maior parte dos jornais internacionais do sistema corporativo de comunicação omitem os dados revelados e recorrem a especulações em torno da taxa de inflação, ainda assim inferior aos períodos anteriores à Revolução Bolivariana, de acordo com dados do próprio FMI.
As publicações em causa omitem, porém, que ao contrário do que acontece na União Europeia e nos Estados Unidos da América, a alimentação, os cuidados de saúde, a educação - da base ao topo - a habitação e despesas sociais são subsidiadas pelo Estado, tornando-se gratuitas em alguns casos. Em 1998, antes do início da revolução, havia na Venezuela 380 mil pensionistas, que recebiam 60% do salário mínimo. Actualmente existem 2,75 milhões de pensionistas, cujos rendimentos são indexados aos aumentos do salário mínimo e aos quais os beneficiários têm acesso com um mês de avanço.
A estes dados acrescem a limitação a 30% das margens de lucros do grande comércio privado, que praticava preços inflacionados entre 200 e 1000%, e a redução dos contratos de arrendamento do pequeno comércio. O investimento social, que era de 12% do orçamento de Estado em 1998, passou para 54% em 2013 e será de 60% em 2014
A taxa de pobreza tem igualmente vindo a ser reduzida naVenezuela, segundo a CEPAL, Comissão Económica das Nações Unidas para a América Latina. Desceu de 21,6% para 19,6% entre 2012 e 2013, enquanto a taxa depobreza extrema se reduziu de 6,3 a 5,5% no mesmo período de um ano.
Por César Augusto Carnoto, em Caracas
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