Orson Welles - Fotos
Lutei para escapar da infância, o mais cedo possível.
E assim que consegui, voltei correndo para ela.
Orson Welles (1915-1985)
Orson Welles em Portugal no Hotel do Guincho, fotografado por Eduardo Gageiro, talvez no fim dos anos 60. Foto encontrada na net.
"Ele era inacessível. Esteve em Portugal, mas só o apanhávamos a entrar e a sair do Hotel do Guincho. Como eu era amigo do dono do hotel pedi-lhe que intercedesse por mim. O sr. Wells lá condescendeu, mas avisaram-me: 'Tens de ser rápido." A única coisa que lhe pedi foi que se aproximasse da janela. Fiz duas fotografias. Num retrato é importante que haja uma empatia entre fotógrafo e fotografado. Se não existe, isso reflecte-se nos olhos do retratado. Vê-se que Orson Wells estava ali a aturar-me." (*)
Orson Welles e Cole Porter durante a produção teatral de Around the World, na Broadway. 1946. Al Fenn.
"Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos."
Orson Welles
Orson Welles e Anthony Perkins em Paris, durante as filmagens de "O Processo", (The Trial, 1962).
Foto encontrada em lanocheintermitente.tumblr.com.
Orson Welles escutando Burl Ives numa cave de Paris, 1949. ?
Orson Welles e Carol Reed durante as filmagens de O Terceiro Homem, na Áustria. 1950. William Sumits.
Orson Welles, ensaiando com bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole. |
Orson Welles, ensaiando danças bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole. |
Orson Welles, durante as filmagens de Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole. |
Orson Welles, ensaiando com bailarinas para o filme Citizen Kane. 1941. Peter Stackpole. |
Reportagem na revista Portuguesa 'O Século Ilustrado', de 1946.
Foto encontrada na net
Foto encontrada na net
"Verdadeiras ou falsas, nossas obras estão condenadas a desaparecer. Que significa, então, o nome do autor?"
Orson Welles
(Fotos LIFE Archive)
*(excertos da entrevista de Vanda Marques a Eduardo Gageiro para o jornal i, sábado, 15 de Janeiro de 2011)
Macbeth
de
Orson Welles (1948)
«Macbeth é uma tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare, sobre um regicídio e suas consequências. É a tragédia shakespeariana mais curta, e acredita-se que tenha sido escrita entre 1603 e 1606, com 1607 como a última data possível. O primeiro relato de uma performance da peça é de abril de 1611, quando Simon Forman registrou tê-la visto no Globe Theatre, em Londres. A obra foi publicada pela primeira vez no Folio, de 1623, possivelmente a partir de uma transcrição de alguma performance específica. No mundo teatral, muitos acreditam que a peça é "amaldiçoada", e nem mesmo mencionam seu nome em voz alta, referindo-se a ela como "The Scottish play", a peça escocesa.
O FILME MACBETH
Em 1947, Orson Welles queria filmar um drama de Shakespeare e tentou convencer investidores a financiarem uma adaptação de Otelo. Sem conseguir esse objetivo, ele mudou para Macbeth cuja história definia como "uma mistura perfeita de O Monte dos Vendavais e A Noiva de Frankenstein. Apoiado pelo produtor Charles K. Feldman, Welles conseguiu convencer Herbert Yates, fundador e presidente da Republic Pictures, a fazer o filme. A oportunidade de contar com Welles representava para ele um grande salto artístico. Apesar da intenção, Yates não ofereceu um grande orçamento para Welles. O director concordou em filmar Macbeth em três semanas ao custo de 700 000 dólares. Welles se comprometeria ainda a arcar com custos adicionais de seu próprio bolso. Welles seria Macbeth e pensou em Vivien Leigh para Lady Macbeth mas desistiu quando ela se casou com Laurence Olivier. Outras actrizes pensadas para o papel foram Tallulah Bankhead, Anne Baxter e Mercedes McCambridge até que Jeanette Nolan, uma actriz de rádio sem experiência no cinema ou teatro, fosse a escolhida.
Orson Welles e a equipa, fingindo ver partes do filme Macbeth. 1947. Allan Grant e Jack Birns.
Os cenários do filme eram os usados para os faroeste da Republic Studios. Quanto aos figurinos, foram alugados de uma empresa chamada Western Costume e Welles foi pobremente vestido. Numa entrevista com o biógrafo/cineasta Peter Bogdanovich, Welles afirma: "Eu deveria ter devolvido as roupas pois fiquei parecido com a Estátua da Liberdade. Mas não havia mais nada nos armazéns da Western que coubessem em mim, daí eu vestir aquelas roupas. Welles contou a Bogdanovich que a cena mais marcante foi causada pela fome. "Nossa melhor cena de multidão foi das forças de Macduff atacando o castelo". "... o que aconteceu na verdade, foi que houve a chamada para o almoço e todos os figurantes saíram correndo para comer." Welles filmou Macbeth em 23 dias, com apenas um dia para os detalhes finais.
Figurantes a descansar durante as filmagens de Macbeth. 1947. Allan Grant e Jack Birns.
A Republic inicialmente planeou lançar Macbeth em dezembro de 1947, mas Welles não o tinha finalizado nessa data. O estúdio inscreveu o filme no Festival de Veneza de 1948 mas o retirou abruptamente quando surgiram comparações desfavoráveis com o filme de Laurence Olivier Hamlet, que também competia. No circuito de cinemas americanos, a Republic testou a repercussão em algumas poucas cidades. A crítica reclamou da opção de Welles de fazer o elenco pronunciar um sotaque escocês e de ter compactado o texto em apenas 107 minutos. Após as exibições iniciais, a Republic cortou o filme e regravou a fala dos actores, usando as vozes nativas. Essa nova versão foi exibida em 1950 e permaneceu em circulação até 1980, quando as falas originais foram restauradas pela UCLA Film and Television Archive e Folger Shakespeare Library.» (In, wikipédia)
Orson Welles (com 19 anos) já tinha encenado a peça Macbeth em 1936, no bairro nova-iorquino do Harlem, que foi montada pelo Federal Theater Project, do Lafayette Theatre, com um elenco inteiramente composto por actores negros, e ambientando a peça no Haiti pós-colonial.
Othelo
de
Orson Welles (1952)
Como costumo dizer, Otelo só há um o Saraiva de Carvalho e mais nenhum, mas este Otelo que vos trago, também têm a sua importância. Espero que gostem, aqui vai uma pequena sinopse: Othelo (Orson Welles) casa-se com a linda Desdemona (Suzanne Cloutier), mas, influenciado pelo malvado Iago (Micheál MacLiammóir), logo começa a duvidar da fidelidade de sua esposa.
OTELO (FILME COMPLETO)
Lançado no Festival de Cannes em 1952,
Otelo conquistou a Palma de Ouro de melhor filme.
"...Os italianos, os franceses e os americanos - que podiam ter inscrito Otelo - não quiseram; tinham seus próprios filmes. Aí, como fora rodado no Marrocos, inscrevi o filme como sendo marroquino." (Orson Welles )
FOTOS DA RODAGEM DO FILME OTELO
DE ORSON WELLES - MARROCOS 1949
DE ORSON WELLES - MARROCOS 1949
«Othello é um filme de 1952, baseado na peça de Shakespeare. Foi dirigido e produzido por Orson Welles , que também interpretou o papel principal. O argumento foi adaptado por Welles e o filme foi rodado em Marrocos, Veneza, Toscana e Roma e nos estúdios Scalera em Roma. Além de Orson Welles, o elenco composto por Micheál MacLiammóir como Iago , Robert Coote como Rodrigo, Suzanne Cloutier como Desdemona, Laurence Michael como Cassio, Fay Compton como Emilia e Doris Dowling como Bianca.
Othello foi um dos trabalhos mais complicados de Welles, Othelo foi filmado aos poucos ao longo de um período de três anos. O filme foi prejudicado porque o seu produtor italiano foi à falência no início do filme. Isso levou a algumas soluções criativas, a famosa cena em que Rodrigo é assassinado no banho turco foi feito assim porque as roupas não estavam prontos. As filmagens começaram em 1949, mas Welles foi forçado a parar quando o dinheiro para a produção deixou de entrar. Isto levou a uma produção de start-stop, por exemplo, uma das cenas de luta começa em Marrocos, mas o final foi filmado em Roma vários meses mais tarde. Welles usou o dinheiro de seus outros trabalhos, tais como O Terceiro Homem (1949), para financiar o filme.
Com uma impressionante fotografia em preto e branco, Welles explora a arquitetura de Veneza e Marrocos com elementos de grande dramaticidade, conseguindo situações poderosamente expressivas a partir da relação dos actores com os cenários imponentes, que servem de palco para a tragédia criada por William Shakespeare por volta de 1603. Racismo, Ciúme, Inveja, Traição. A história dos homens na literatura clássica, transformada em uma obra prima cinematográfica por Orson Welles, um dos grandes génios do cinema.» (texto, wikipédia e cinejornalismoempauta.blogspot.com)
1 comentário:
Vi Orson Welles em Sesimbra, na década de 60 do século passado, com o meu pai que me dizia: - Conheço esta cara mas quem é?
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