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sábado, 19 de outubro de 2013

PCP critica ausência da direção do PS nas lutas contra o Governo O secretário-geral do PCP criticou hoje a ausência da direção do PS na manifestação da CGTP, considerando incompreensível essa demarcação num quadro de "indignação" contra o Governo e que os socialistas têm de resolver esse problema.



PCP critica ausência da direção do PS nas lutas contra o Governo

O secretário-geral do PCP criticou hoje a ausência da direção do PS na manifestação da CGTP, considerando incompreensível essa demarcação num quadro de "indignação" contra o Governo e que os socialistas têm de resolver esse problema.

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas em Alcântara, durante a manifestação da CGTP contra o Governo, depois de confrontado por jornalistas com a ausência de dirigentes socialistas nessa ação de protesto.
"Registamos o facto de, neste quadro de indignação profunda e geral por parte de tantos trabalhadores e de tanta gente - parte dela vota no PS -, o PS está sempre ausente. Essas pessoas não compreendem a posição do PS, quando há uma luta pela demissão deste Governo", disse.
Interrogado se gostaria de ter a presença do secretário-geral do PS, António José Seguro, na manifestação da CGTP, Jerónimo de Sousa respondeu: "Num quadro de convergência de todas as forças que estão contra esta política, seria sempre bom se o PS fosse solidário e se mobilizasse para estar com esta grande ação que tem objetivos muito concretos".
"Não vale a pena o PS pensar que pode enganar por muito tempo, querendo sol na eira e chuva no nabal. O PS tem de fazer uma opção de fundo. Se é oposição em relação à política do Governo, então demonstre-o", respondeu.
De acordo com o secretário-geral do PCP, o PS "tem um complexo de prisioneiro em relação ao memorando da `troika` (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), que aponta estas medidas que o Governo está a executar".
"O PS pode estar mais bem posicionado no plano meramente eleitoral, mas, nos planos político e social, o PS não está bem. Não basta verbalizar uma oposição em sede institucional para depois, onde estão as pessoas e onde pulsam os problemas com todos os dramas sociais e laborais, o PS estar sempre ausente", acusou.
Jerónimo de Sousa sugeriu em seguida que terão de ser os próprios socialistas a resolverem internamente o seu posicionamento no quadro político nacional.
"O problema está no PS, e esse é um problema que os socialistas têm de resolver", sustentou, antes de fazer também críticas ao Governo PSD/CDS e de exigir a demissão de Pedro Passos Coelho.
Na perspetiva de Jerónimo de Sousa, o executivo PSD/CDS tem "uma base social de apoio cada vez mais reduzida", tendo pela frente "a luta da CGTP, mas também da população portuguesa em geral".
"Muitos não estão aqui nesta manifestação, mas apoiam-na, tendo em conta as suas vidas e as ameaças que decorrem para as suas reformas, salários, pequenos negócios e dignidade. A reflexão mais profunda que o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] poderia fazer era ir embora e demitir-se", acrescentou.

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