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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

SOCIEDADES SECRETAS (PARTE 1) - lluminati – Introdução e Origens vulgarmente conhecidas Illuminati (plural do latim illuminatus, “aquele que é iluminado”), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, reais ou fictícios. Mais comummente, contudo, o termo “Illuminati” tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1 de Maio de 1776.

Illuminati – Introdução e Origens vulgarmente conhecidas

Illuminati (plural do latim illuminatus, “aquele que é iluminado”), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, reais ou fictícios. Mais comummente, contudo, o termo “Illuminati” tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1 de Maio de 1776. Nos tempos modernos, também é usado para se referir a uma suposta organização conspiracional que tenciona dissimuladamente controlar os assuntos mundiais, normalmente como versão moderna ou como continuação dos Illuminati bávaros. O nome Illuminati é algumas vezes empregado como sinónimo de Nova Ordem Mundial. Muitos teóricos da conspiração acreditam que os Illuminati são o cérebro por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de uma tal Nova Ordem Mundial, com os objectivos primários de unir o mundo numa única regência.
Origem do termo
Dado que “Illuminati” significa literalmente “os iluminados” em latim, é natural que diversos grupos históricos, não relacionados entre si, se tenham auto-denominado de Illuminati. Frequentemente, faziam-no alegando possuir textos gnósticos ou outras informações arcanas (secretas) não disponíveis ao grande público.
A designação “Illuminati” esteve em uso também desde o Século XIV pelos Irmãos do Livre Espírito, e no Século XV. O título foi assumido por outros entusiastas que argumentavam que a luz da iluminação provinha, não de uma fonte autorizada, mas secreta, de dentro, como resultado de um estado alterado de consciência, ou “iluminismo”, ou seja, esclarecimento espiritual e psíquico.
Desta forma, durante os períodos moderno e contemporâneo, foi designado por “Illuminati” um número de grupos (alguns dos quais têm reivindicado o título), mais ou menos marginal e secreto, e muitas vezes em conflito com autoridades religiosas ou políticas; são eles: os Irmãos do Livre Espírito, os Rosacruzes, os Alumbrados, os Illuminés, os Martinistas, o Palladium… e, principalmente os Illuminati da Baviera. Embora as doutrinas desses grupos tenham sido variadas e por vezes contraditórias, a confusão entre eles tem sido muitas vezes mantida pelos seus adversários, e esta confusão levou às teorias de conspiração de uma sociedade secreta actuando através da história.
Os Illuminati da Baviera 
Um movimento de curta duração de republicanos livre-pensadores, o ramo mais radical do Iluminismo – a cujos seguidores foi atribuído o nome de Illuminati (mas que a si mesmos se apelidavam de “perfectibilistas” ou “perfeccionistas”) – foi fundado a 1 de Maio de 1776 pelo professor de lei canónica e jesuíta Adam Weishaupt, (falecido em 1830), e pelo barão Adolph von Knigge, na cidade de IngolstadtBaviera, actualAlemanha. O grupo foi fundado com o nome de Antigos e Iluminados Profetas da Baviera (Ancient and Illuminated Seers of BavariaAISB), mas tem sido nomeado Ordem Illuminati, a Ordem dos Illuminati e os Illuminati bávaros. Na conservadora Baviera, onde o progressista e esclarecido eleitor Maximiliano José III de Wittelsbach foi sucedido em 1777 pelo seu conservador herdeiro Carl Theodor, e que era dominada pela Igreja Católica Romana e pela aristocracia, tal tipo de organização não durou muito até ser suprimida pelo poder político. Em 1784, o governo bávaro baniu todas as sociedades secretas incluindo os Illuminati e os Maçons. A estrutura dos Illuminati não demorou muito a desmoronar-se, mas enquanto existiu, contaram-se muitos intelectuais influentes e políticos progressistas entre os seus membros. Eram recrutados principalmente de maçons e ex-maçons, juravam obediência a seus superiores e estavam divididos em três classes principais: a primeira, conhecida como Berçário, compreendia os graus ascendentes ou ofícios de preparação, NoviciadoMinerval e Illuminatus Minor; a segunda, conhecida como Maçonaria, consistia dos graus ascendentes de Illuminatus Major e Illuminatus Dirigens, esse último algumas vezes chamado de Cavaleiro Escocês; a terceira, designada como Mistérios, estava subdividida nos graus de Mistérios Menores (Presbítero e Regente) e Mistérios Maiores (Magus e Rex). Foram estabelecidas relações com as lojas maçónicas em Munique e Freising, em 1780. A ordem tinha ramos na maior parte dos países europeus, mas o número total de membros parece nunca ter sido superior a 2000 durante o período de dez anos. O esquema incidiu a sua atracção nos literatos, como Goethe e Herder, e mesmo para os duques reinantes de Gota e Weimar. Rupturas internas precederam o desmoronamento da organização, que foi efectivado por um édito do governo bávaro em 1785. A ordem foi encerrada em 1788.
Origens
Ordem dos Illuminati da Baviera foi fundada na noite de 30 de Abril a 1 de Maio de 1776 (véspera da famosa Noite de Santa Valburga) numa floresta perto de Ingolstadt (Baviera), no Sul da Alemanha, onde um pequeno grupo de jovens criaram e prometeram cumprir os fins da sociedade. Entre aqueles que estavam presentes naquela noite, sabe-se apenas a identidade de três: Adam WeishauptMax Merz e Anton von Massenhausen. O facto de não se saber exactamente quem estava presente naquela noite foi a causa da especulação sobre o número de pessoas que criaram a ordem, sendo que alguns afirmam terem sido apenas quatro e outros argumentam que foram treze.
Após a fundação, Adam Weishaupt (que se proclamou a si mesmo o nome simbólico de Spartacus) atraiu os seus primeiros seguidores: um estudante de Munique chamado Franz Xavier von Zwack e um barão protestante de Hannover chamado Adolph von Knigge (Frater Philon) que já havia sido iniciado na Maçonaria e, posteriormente, desenvolveu o Rito dos Illuminati da Baviera, juntamente com Weishaupt, a quem foi introduzido na loja deMuniqueTheodor zum guten Rath.
Graças às habilidades de von Knigge, os Illuminati rapidamente se espalharam pela AlemanhaÁustriaHungriaSuíçaFrançaItália e outras partes da Europa, afiliando personalidades como Herder (Damasus), Goethe (Abaris), Cagliostro, o Conde de Mirabeau (Leonidas) e o lendário alquimista, o Conde de St. Germain, entre outros. Alguns nobres como o Duque de Saxe-Weimar e de Saxe-Gotha, os príncipes Ferdinando de Brunswick eKarl de HesseConde de Stolberg e o Barão Karl Theodor von Dalberg, também figuraram da iniciação Illuminati.
Incentivado pelo seu sucesso em conseguir recrutar um grande número de pensadores, filósofos, artistas, políticos, banqueiros, analistas, etc; Adam Weishaupt tomou a decisão de juntar-se à Maçonaria por meio de Von Knigge, e ordenou a infiltração e domínio da mesma.
Em 16 de Julho de 1782, numa reunião da maçonaria continental realizada no Convento de Wilhelmsbad, os Illuminati tentaram unificar e controlar sob a sua autoridade todos os ramos da Maçonaria. No entanto, embora tenham conseguido infiltrar-se nas lojas em toda a Europa, a Grande Loja de Inglaterra, a Grande Oriente de França e os iluminados teósofos de Swedenborg decidiram não apoiar os planos de Weishaupt. A partir desse momento tomou-se conhecimento das intenções do grupo e do conflito entre seus princípios e os da maçonaria, e por isso, a Instituição maçónica decidiu manter-se posteriormente em oposição directa aos Illuminati.
Devido ao fracasso do movimento, Von Knigge renunciou à Sociedade, considerando ser inútil continuar com os planos e foi para Bremen, onde passou os seus últimos anos. Entretanto, Weishaupt recebia a ofensiva dos maçons da Inglaterra e dos martinistas, os quais denunciou nos seus escritos, argumentando que a Grande Loja de Londres em si foi criada em 1717 por pastores protestantes, que não foram iniciados na Maçonaria, isto é, que foi fundada por profanos sem documentos válidos ou provas.
Dissolução
Carlos Teodoro da BavieraPríncipe-EleitorConde Paladino e Duque da Baviera, aprovou o edito que levou os Illuminati à sua dissolução.
Em 22 de Junho de 1784, o Eleitor da BavieraDuque Karl Theodor advertiu sobre o perigo representado pelos Illuminati para a Igreja Católica e monarquias por causa dos seus objectivos ideológicos, e aprovou um decreto contra a sociedade bavara e em geral qualquer sociedade não autorizada por lei (que abrange as duas instituições, como se tivessem natureza comum, apesar do grande conflito que já existia naquela época entre os Illuminati e os maçons). Weishaupt foi demitido da sua cátedra indo para o exílio em Regensburg, para liderar a Ordem no exterior sob a protecção do Duque de Saxe. Em 1785, o edital foi confirmado e assim começou a perseguição e detenções aos membros da sociedade.
De seguida, o jornalista Johann Joachim Christoph Bode, tornou-se o líder de facto da Ordem. Em 1787, desloca-se a França, primeiro a Strasbourg e depois a Paris, onde se encontrou com membros da Loja de Filaleto. De acordo com o seu “Travel Journal“, alguns deles, constituem então em segredo o núcleo dos “Philadelphes“, uma sociedade semelhante aos Illuminati alemães.
Caçados e tratados como criminosos, os Illuminati da Baviera desapareceram completamente do Sul da Alemanha, em 1786, tendo apenas algumas lojas resistido na Saxónia até 1789.
Os planos mais secretos dos Illuminati foram revelados por acaso na noite de 10 de Julho de 1784, quando um mensageiro de Weishaupt, identificado como o Abade Lanz, morreu inesperadamente devido a um relâmpago. O seu corpo foi levado para a Capela de San Emmeran por habitantes locais e entre os seus hábitos foram encontrados documentos importantes que se tratavam de planos secretos para a conquista mundial. A polícia da Baviera investigou os detalhes da conspiração, dando a entender a Francisco ISacro Imperador Romano-Germânico, o complot contra todas as monarquias, sobretudo a francesa, onde mais tarde, em 1789, gestaría a chamada Revolução Francesa e a queda de Luís XVI e Maria Antonieta, os seus ultimos monarcas.
Os documentos foram divulgados pelo governo da Baviera, alertando a nobreza e o clero da Europa, que no entanto, cedo se convenceram de que a conspiração havia sido destruída devido à dissolução formal dos Illuminati, juntamente com a exclusão de Weishaupt e a detenção de muitos adeptos.

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