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sábado, 26 de outubro de 2013

O QUE É O DINHEIRO !? - O Dinheiro é criado partir do nada pelos banqueiros que, a partir dessa ilusão, se apoderam da riqueza produzida por todos os outros cidadãos


O Dinheiro é criado partir do nada pelos banqueiros que, a partir dessa ilusão, se apoderam da riqueza produzida por todos os outros cidadãos

Donde é que vem o Dinheiro?

O que é o dinheiro?
Para a maioria de nós, a questão "Donde é que vem o dinheiro?" lembra-nos uma imagem da casa da moeda a imprimir notas e a cunhar moedas. O dinheiro, a maioria acredita, é criado pelo governo.

É verdade, mas só até um certo ponto. Esses símbolos de valor de metal e de papel que costumamos pensar como dinheiro são, na verdade, produzidos por uma agência do governo federal chamada Casa da Moeda.

Mas a grande maioria do dinheiro não é criado pela Casa da Moeda. É criado em grandes quantidades todos os dias por empresas privadas chamadas bancos.

A maioria de nós acredita que os bancos emprestam dinheiro que lhes foi confiado por depositantes. É fácil de imaginar. Mas não é verdade.

De facto, os bancos criam o dinheiro que emprestam, não dos ganhos do próprio banco, não do dinheiro depositado, mas directamente da promessa de pagamento da pessoa que pede emprestado.

A assinatura da pessoa que pede emprestado nos papéis do empréstimo é uma obrigação para pagar ao banco o empréstimo mais o juro, ou, perde a casa, o carro, qualquer bem que tenha dado como garantia. É um grande compromisso para o devedor.

O que é que essa assinatura requer do banco? O banco faz surgir do nada a quantidade do empréstimo e inscreve-o na conta do devedor.

Parece absurdo?

De certeza que não pode ser verdade. Mas é!

Para demonstrar como é que este milagre da banca moderna acontece, considerem esta simples história:

A história do ourives
Antigamente, quase qualquer coisa era utilizada como dinheiro.

Tinha apenas de ser portátil e que houvesse gente suficiente que acreditasse que o poderia trocar mais tarde por coisas de valor real como comida, roupa ou abrigo. Conchas, grãos de cacau, pedras bonitas, mesmo penas foram usadas como dinheiro.

Ouro e prata eram atraentes, flexíveis e fáceis de trabalhar, portanto algumas culturas tornaram-se especialistas nestes metais. Os ourives comerciavam mais facilmente moldando moedas, unidades estandardizadas destes metais cujo peso e pureza eram certificados.

Para proteger este ouro o ourives precisava de um cofre.

Depressa os outros habitantes estavam a bater à sua porta querendo alugar um espaço para guardar em lugar seguro as suas moedas e valores.

Passado pouco tempo, o ourives estava a alugar cada prateleira do seu cofre e ganhava um pequeno rendimento pelo seu negócio de aluguer de espaço no cofre.

Os anos passaram e o ourives fez uma observação astuta.Os depositantes raramente vinham retirar o seu ouro físico e nunca vinham todos ao mesmo tempo.

Isto acontecia porque os cheques que o ourives passava como recibos do ouro depositado, estavam a ser trocados no mercado como se fossem o próprio ouro.

Este papel-moeda era muito mais cómodo do que moedas pesadas, e somas de dinheiro podiam ser simplesmente escritas, em vez de laboriosamente contadas uma a uma em cada transacção.

Entretanto, o ourives desenvolvera outro negócio. Ele emprestava o seu ouro cobrando juros.

Bem, à medida que os cheques fáceis de utilizar foram sendo aceites, as pessoas que pediam empréstimos queriam o valor em forma de cheques em vez de metal. À medida que a indústria se expandia, mais e mais pessoas pediam empréstimos aos ourives.

Este facto deu ao ourives uma ideia ainda melhor.

Ele sabia que muito poucos dos seus depositantes alguma vez retiravam o seu ouro. Portanto, o ourives pensou que poderia facilmente emprestar cheques sobre o ouro dos seus depositantes, a somar ao seu próprio ouro.

Desde que os empréstimos fossem reembolsados, os depositantes nunca saberiam e não seriam prejudicados. E o ourives, agora mais banqueiro que artesão, conseguiria um lucro muito maior do que se emprestasse apenas o seu ouro.

Durante anos o ourives aproveitou secretamente um bom rendimento dos juros ganhos com os depósitos dos outros.

Agora um importante emprestador, ele foi enriquecendo mais que os outros habitantes e exibia a sua fortuna. As suspeitas aumentaram de que ele estava a gastar o dinheiro dos seus depositantes. Estes juntaram-se e ameaçaram retirar o seu ouro se o ourives não explicasse a sua riqueza recente.

Contrariamente ao que se poderia esperar, isto não foi um desastre para o ourives. Não obstante a duplicidade do seu esquema, a sua ideia resultou. Os depositantes não tinham perdido nada. O seu ouro ainda estava seguro no cofre do ourives.

Em vez de retirarem o seu ouro, os depositantes exigiram que o ourives, agora o seu banqueiro, lhes pagasse uma parte dos juros dos seus depósitos.

E isto foi o princípio do sistema bancário. O banqueiro pagava uma pequena taxa de juros pelos depósitos de dinheiro das pessoas, e então emprestava-o a uma taxa de juro maior.

A diferença cobria os custos de operação do banco e o seu lucro. A lógica deste sistema era simples. E parecia uma forma razoável de satisfazer a procura de crédito.

Contudo esta não é a forma como a banca trabalha hoje.

O nosso ourives-banqueiro não estava satisfeito com o rendimento que restava depois de partilhar os ganhos dos juros com os seus depositantes.

E a procura por crédito estava a crescer depressa, à medida que os Europeus se espalhavam através do mundo. Mas os seus empréstimos estavam limitados à quantidade de ouro que os seus depositantes tinham no seu cofre.

Foi quando ele teve uma ideia ainda mais arrojada. Já que só ele é que sabia a quantidade de ouro que estava nos seus cofres, então podia emprestar cheques sobre ouro que nem sequer estava lá!

Desde que os detentores dos cheques não aparecessem todos ao mesmo tempo a reclamar o ouro que estava no seu cofre, como é que alguém descobriria?

Este novo esquema funcionou muito bem, e o banqueiro tornou-se tremendamente rico com os juros pagos por ouro que nem sequer existia!

A ideia de que o banqueiro podia criar dinheiro a partir do nada era demasiada escandalosa para acreditar, por isso, por muito tempo, esse pensamento nem sequer ocorreu às pessoas.

Mas, o poder de inventar dinheiro subiu à cabeça do banqueiro, como podem imaginar. Com o tempo, a magnitude dos empréstimos e a ostentação da riqueza do banqueiro levantou novamente suspeitas.

Algumas pessoas que pediam empréstimos começaram a exigir ouro em vez de representações em papel. Rumores espalharam-se.

Subitamente, vários depositantes ricos apareceram para retirar o seu ouro. O jogo tinha acabado!

Uma multidão de possuidores de cheques apareceu junto às portas fechadas do banco. O banqueiro não tinha ouro e prata suficiente para cobrir todo o papel que tinha distribuído.

Isto chama-se uma "corrida ao banco" e é o que qualquer banqueiro mais teme.

Este fenómeno da "corrida ao banco" arruinou bancos individuais e, sem surpresa, danificou a confiança do público em todos os banqueiros.




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