A vida fabulosa de José Sócrates: the trailer
O percurso de José Sócrates, como personagem político, merece melhor estudo e atenção a detalhes que a memória curta de muitos não deixa entrever.
Por isso, deve lembrar-se a intervenção de Santana Lopes, ontem na CMTV, onde mostrou várias vezes a capa de uma revista- Focus, ja extinta- que trazia em 15 de Setembro de 2004 a história da vida política e pessoal de José Sócrates, na altura em que se encontrava em campanha para a liderança do PS. Santana Lopes disse várias vezes que a revista tinha publicado tal reportagem por influência dos inimigos políticos de Sócrates, dentro do próprio partido. Aqui fica.
Primeiro, o cartaz da polémica, citado por Sócrates na entrevista e comentado ontem por Santana Lopes.
E agora o "estudo" da Focus...
Já então aparecia Armando Vara como grande amigo de José Sócrates e o futuro revelaria que essa amizade tornou Vara uma pessoa de posses. Assim, como contava a Focus de 2009:
Porém, Vara tinha ligado o seu destino, anteriormente a um personagem camiliana ( Visão de 19.4.2007 dixit): António José Morais, que fora director de um Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministerio da Justiça. Vara era então Secretário de Estado e disse então à revista que conheceu aquele professor...no Altis, numa reunião do PS. E lembrou-se dele quando precisou de alguém para o GEPI.
O Público de 18 de Abril de 2007 tentava explicar melhor estas coisas.
Estes factos tornaram-se relevantes e vieram à tona por causa do facto de António José Morais ter sido professor de José Sócrates, na UnI. Quando o interpelaram, disse assim:
O assunto da HLC e a acusação que foi imputada a António José Morais e mulher ( de quem se separou e que na altura, em 2007, andava aterrorizada...)de corrupção e branqueamento de capitais deu em águas de bacalhau. Foram absolvidos.
Porém, a denúncia inicial, anónima, citava outros nomes ( era outro Freeport...)e que mostram que se tal fosse provado la boucle serait bouclée. Não deu.Seria interessante saber porque não deu e como se fez a investigação.
Tudo isso ocorreu ao fim de 16 anos de investigação e apesar de ter sido provado que Morais, engenheiro contratado para assessorar a decisão técnica do concurso, recebeu naquela altura 44 mil euros numa conta offshore oriundos de uma empresa britânica do grupo liderado por Horácio Carvalho, o tribunal considerou que isso não é suficiente para demonstrar que houve corrupção.
No julgamento, a mulher de Morais falou numa offshore....que não conhecia. A conta estava no banco Lloyds, na ilha britânica de Guernesey e segundo relatos do julgamento, parece que se deu como provado que era alimentada com dinheiros provenientes de outras obras do engenheiro Morais. na Polónia e Inglaterra.
E assim acaba a história. Acaba mesmo?
Ah! E até já esquecia: e onde está o tal Luís Patrão, chefe de gabinete por natureza? Ora, ora...lá se vai safando. Umas vezes em baixo; outras em cima. Como os interruptores de gabinete. Um blog resumia assim a brilhante carreira, em 2010:
Luís Patrão, 55 anos, preside ao Turismo de Portugal desde Maio de 2006. Saiu directamente de São Bento, onde era chefe de gabinete de José Sócrates. depois de já ter desempenhado o mesmo cargo com António Guterres (de 1995 a 1999). Durante os governos de Guterres, foi ainda deputado e secretário de Estado da Administração Interna, mas saiu envolvido em polémica, juntamente com Armando Vara, por causa da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança. Natural da Covilhã. Luís Patrão e, com o irmão, Jorge, amigo de Sócrates desde a juventude. A sua carreira foi praticamente só política. Profissionalmente, foi chefe de divisão e director de serviços do Instituto do Consumidor (1986-1989 e 2001-2004).
Até 2009, Patrão acumulou o salário do Turismo com o de membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, onde, segundo dados de 2008, recebeu 7 mil euros mensais. Este salário tinha uma componente fixa, de 4 mil euros, a que acrescia uma parcela complementar de 3 mil euros por ser membro da comissão de sustentabilidade e governo societário. Em 2008, a comissão realizou 10 reuniões. Só a revelação pública desta acumulação de funções nos jornais o levou a abdicar em 2009 do ordenado na TAP, mantendo o do Turismo de Portugal.
Por isso, deve lembrar-se a intervenção de Santana Lopes, ontem na CMTV, onde mostrou várias vezes a capa de uma revista- Focus, ja extinta- que trazia em 15 de Setembro de 2004 a história da vida política e pessoal de José Sócrates, na altura em que se encontrava em campanha para a liderança do PS. Santana Lopes disse várias vezes que a revista tinha publicado tal reportagem por influência dos inimigos políticos de Sócrates, dentro do próprio partido. Aqui fica.
Primeiro, o cartaz da polémica, citado por Sócrates na entrevista e comentado ontem por Santana Lopes.
E agora o "estudo" da Focus...
Já então aparecia Armando Vara como grande amigo de José Sócrates e o futuro revelaria que essa amizade tornou Vara uma pessoa de posses. Assim, como contava a Focus de 2009:
Porém, Vara tinha ligado o seu destino, anteriormente a um personagem camiliana ( Visão de 19.4.2007 dixit): António José Morais, que fora director de um Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministerio da Justiça. Vara era então Secretário de Estado e disse então à revista que conheceu aquele professor...no Altis, numa reunião do PS. E lembrou-se dele quando precisou de alguém para o GEPI.
O Público de 18 de Abril de 2007 tentava explicar melhor estas coisas.
Estes factos tornaram-se relevantes e vieram à tona por causa do facto de António José Morais ter sido professor de José Sócrates, na UnI. Quando o interpelaram, disse assim:
O assunto da HLC e a acusação que foi imputada a António José Morais e mulher ( de quem se separou e que na altura, em 2007, andava aterrorizada...)de corrupção e branqueamento de capitais deu em águas de bacalhau. Foram absolvidos.
Porém, a denúncia inicial, anónima, citava outros nomes ( era outro Freeport...)e que mostram que se tal fosse provado la boucle serait bouclée. Não deu.Seria interessante saber porque não deu e como se fez a investigação.
Tudo isso ocorreu ao fim de 16 anos de investigação e apesar de ter sido provado que Morais, engenheiro contratado para assessorar a decisão técnica do concurso, recebeu naquela altura 44 mil euros numa conta offshore oriundos de uma empresa britânica do grupo liderado por Horácio Carvalho, o tribunal considerou que isso não é suficiente para demonstrar que houve corrupção.
No julgamento, a mulher de Morais falou numa offshore....que não conhecia. A conta estava no banco Lloyds, na ilha britânica de Guernesey e segundo relatos do julgamento, parece que se deu como provado que era alimentada com dinheiros provenientes de outras obras do engenheiro Morais. na Polónia e Inglaterra.
E assim acaba a história. Acaba mesmo?
Ah! E até já esquecia: e onde está o tal Luís Patrão, chefe de gabinete por natureza? Ora, ora...lá se vai safando. Umas vezes em baixo; outras em cima. Como os interruptores de gabinete. Um blog resumia assim a brilhante carreira, em 2010:
Luís Patrão, 55 anos, preside ao Turismo de Portugal desde Maio de 2006. Saiu directamente de São Bento, onde era chefe de gabinete de José Sócrates. depois de já ter desempenhado o mesmo cargo com António Guterres (de 1995 a 1999). Durante os governos de Guterres, foi ainda deputado e secretário de Estado da Administração Interna, mas saiu envolvido em polémica, juntamente com Armando Vara, por causa da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança. Natural da Covilhã. Luís Patrão e, com o irmão, Jorge, amigo de Sócrates desde a juventude. A sua carreira foi praticamente só política. Profissionalmente, foi chefe de divisão e director de serviços do Instituto do Consumidor (1986-1989 e 2001-2004).
Até 2009, Patrão acumulou o salário do Turismo com o de membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, onde, segundo dados de 2008, recebeu 7 mil euros mensais. Este salário tinha uma componente fixa, de 4 mil euros, a que acrescia uma parcela complementar de 3 mil euros por ser membro da comissão de sustentabilidade e governo societário. Em 2008, a comissão realizou 10 reuniões. Só a revelação pública desta acumulação de funções nos jornais o levou a abdicar em 2009 do ordenado na TAP, mantendo o do Turismo de Portugal.
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