Antes da industrialização, era extremamente caro e trabalhoso colher as grandes quantidades de sal necessárias à conservação e ao tempero da comida. Isso fez com que o sal se tornasse um produto bastante valioso. Economias inteiras eram baseadas na produção e comércio do sal.

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Donald Miralle/Getty Images
O lutador de sumô Chiyotaikai purifica o ringue com sal no Grande Campeonato de Sumô
Na Idade do Ferro, os britânicos evaporavam o sal fervendo a água do mar ou salmoura das nascentes de sal em pequenos potes de barro sobre fogueiras ao ar livre. A herança dos romanos para produzir sal foi ferver a água do mar em grandes panelas revestidas de chumbo. O sal era usado como moeda na Roma antiga, e as raízes das palavras "soldado" e "salário" têm suas origens em palavras do Latim relacionadas ao ato de entregar ou receber sal. Durante a Idade Média, o sal era transportado pelas estradas construídas especialmente para esse fim. Uma das mais famosas dessas estradas é a Old Salt Route, na Alemanha do Norte, que ligava as minas de sal e os portos de carga.
Os impostos e os monopólios do sal resultaram em guerras e protestos em todos os lugares desde a China até partes da África. A raiva por causa do imposto do sal foi uma das causas da Revolução Francesa. Na Índia colonial, apenas o governo britânico podia produzir e lucrar com a produção de sal realizada pelos indianos que viviam na costa. Gandhi escolheu protestar contra esse monopólio em março de 1930 e marchou por 23 dias com seus seguidores. Quando chegou na costa, Gandhi violou a lei fervendo um pedaço de barro salgado. Essa marcha ficou conhecida como a Marcha do sal, ou Satyagraha do sal. Pessoas por toda a Índia começaram a produzir o próprio sal como uma forma de protesto, e a marcha se tornou um importante marco na luta pela independência da Índia.
A produção do sal também desempenhou um papel significativo na antiga América. A Bay Colony em Massachusetts obteve a primeira patente para produzir sal nas colônias e continuou a produzi-lo pelos 200 anos seguintes. O Canal de Erie foi aberto essencialmente para facilitar o transporte do sal, e durante a Guerra Civil, a União capturou importantes salinas confederadas e gerou uma escassez de sal temporária nos Estados confederados. Ele continua a ser importante para a economia de muitos Estados, inclusive Ohio, Louisiana e Texas.
Além da economia, o sal também tem uma importância cultural e religiosa. Ele é usado há muito tempo no xintoísmo para purificar coisas, e os budistas usam sal para afastar o mal. Em tradições judaico-cristãs, o sal era usado para purificar pessoas e objetos, como oferenda e para assinar declarações. Existem várias referências ao sal no Velho e Novo Testamento da Bíblia. Uma das mais famosas é a esposa de Ló, que virou uma estátua de sal em Gênesis depois de desobedecer uma ordem de Deus. Uma estátua de sal de rocha que fica atualmente em Mount Sodom é conhecida como "A esposa de Ló".
Existem vários provérbios relacionados ao uso do sal. Ele era muitas vezes trocado por escravos, o que originou a expressão "não vale o sal que come". Alguém que é o "sal da terra" é uma pessoa confiável e despretenciosa. "Salgar a terra", por outro lado, se refere a uma antiga prática militar de lavrar campos com sal para que nenhuma plantação pudesse crescer.
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