Até a fome parece ter já desaparecido.
O senhor Passos Coelho, agora na pele de primeiro-ministro indigitado garante, em “entrevista ao jornal britânico Financial Times que Portugal enfrenta dois “anos terríveis” pela frente, com um desemprego recorde e uma profunda recessão.”
Não estive de acordo com o senhor Passos Coelho durante a campanha eleitoral e lamento muito, mas não é por ele ser agora primeiro-ministro indigitado que vou passar a concordar com ele.
Ora, é evidente que Portugal não vai enfrentar dois “anos terríveis”. Eu diria até que muito pelo contrário. Em Portugal, vai jorrar leite e mel. Aliás, tal é já um facto. Veja-se, só a título de exemplo, que a “fome” que afligia milhares, senão milhões de cidadãos, antes das eleições e, designadamente, durante a campanha eleitoral, já desapareceu por completo. Nunca mais se falou desse flagelo, nem nas televisões, nem nos demais órgãos de comunicação social. A ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) deixou de abordar o tema, através da sua hierarquia. As cantinas escolares já não precisam de abrir portas durante as férias, como no passado recente, acontecia. E, argumento decisivo: até Cavaco Silva deixou de ir “matar a fome” ao Casino do Estoril.
Alguma dúvida?
Francisco Clamote
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