É o tempo...
Vamos ter uma mulher à frente do Fundo Monetário Internacional, instituição chave no mercado financeiro internacional. Trata-se de Christine Lagarde que sucede assim a um outro francês Dominique Strauss Kanhn, afastado do cargo por um processo que aguarda julgamento. Esta nomeação representa uma dupla vitória: a do género e a da França que, de algum modo saíra um pouco vexada com a forma como DSK havia sido afastado. E representa, ainda, o postergar da ambição de alguns países não europeus que se perfilavam para ocupar o lugar.
Após a queda de Dominique Strauss-Kahn, o presidente francês decidiu dar força a candidatura desta mulher elegante e de cabelos brancos, com 55 anos de idade, mas sobre a qual recaía um processo judicial que poderia manchar sua imagem no país.
Com efeito, a Justiça irá pronunciar-se no dia 8 de Julho sobre uma eventual investigação a Lagarde por abuso de autoridade num caso complexo que envolve Bernard Tapie e no qual ela sempre se confessou inocente.
Este caso emsombreceu, de algum modo, o final do seu mandato à frente do Ministério da Economia e das Finanças do governo de Sarkozy.
Olhada como favorita da imprensa económica inglesa teve, contudo, de realizar nas últimas semanas, um enorme esforço pessoal para ganhar a confiança dos países emergentes,aos quais, aliás, prometeu dar lugar de destaque no FMI.
Considerada por muitos como dura e arrogante, grande parte de sua carreira foi feita nos Estados Unidos, onde chegou a presidir ao célebre escritório de advocacia empresarial, Baker & Mckenzie.
Christine Lagarde é filha de pais professores e formada em Ciência Política, tendo concluido um mestrado em Inglês e um diploma de Direito Social e da Concorrência.
Hoje, o presidente francês e seus colegas europeus acreditam que sua presença em Washington poderá vir a ajudar a resolver a grave crise que ameaça a Grécia e toda a Zona do Euro.
HSC
Fio de prumo
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