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sexta-feira, 24 de junho de 2011

POEMAS DE AMOR E DOR - A ROSEIRA NÃO SERÁ ESQUECIDA


A ROSEIRA NÃO SERÁ ESQUECIDA

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ALFAMA
Fotografia de Rogério Martins Simões

A ROSEIRA NÃO SERÁ ESQUECIDA
(Romasi)
Rogério Martins Simões


A Rosa,
Rosa das escuras ruas de Alfama,
Era rosa
Filha de Roseira Brava
Que vendia sardinha de Barrica.

A Rosa
Não nasceu num berço de oiro
Nem nasceu menina rica.
Sua mãe a pariu
Quase morta
Numa manhã invernosa
A caminho da lota.

A Rosa
Filha de Roseira Brava
Que vendia sardinha de Barrica.
Não se quedou apregoando sardinha
Pelas ruas da Regueira
Ou vendendo seu corpo lesto
Pelos bares tristes da Ribeira.

A Rosa,
Rosa das escuras ruas de Alfama,
Filha de Roseira Brava
Que vendia sardinha de Barrica.
Parida quase morta
A caminho da lota,
Que não teve berço de oiro
Nem nasceu para ser rica
Lutou pela Liberdade!
Morreu vendendo a vida!

Agora dizem em Alfama…
Que a Rosa não será esquecida.

1969
(Homenagem à mulher trabalhadora de Alfama)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

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