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terça-feira, 21 de junho de 2011

A intuição feminina

Não há bênção maior que uma mãe possa dar à filha do que uma confiança na veracidade da sua própria intuição. A intuição é transmitida de pai para filho da forma mais simples. “Você tem um bom raciocínio.

O que você acha que está por trás disso tudo?” Em vez de definir a intuição como alguma peculiaridade irracional e censurável, ela é definida como a fala da verdadeira voz da  alma. A intuição prevê a direção mais benéfica a seguir. Ela se auto preserva, capta os motivos e intenções subjacentes e opta pelo que irá provocar o mínimo de fragmentação na psique.

O vínculo com nossa própria intuição propicia uma confiante dependência que resiste a tudo. Ele muda a diretriz da mulher de uma atitude de “o que será, será” para uma de “quero ver tudo o que há para ser visto”.

O que essa intuição faz pelas mulheres? Como o lobo, a intuição tem garras que abrem as coisas e as sujeitam; ela tem olhos que enxergam através dos escudos da  persona; ela tem ouvidos que ouvem sons fora da capacidade de audição do ser humano.

Com essas espantosas ferramentas psíquicas, a mulher assume uma consciência astuta e até mesmo premonitória, que aprofunda sua feminilidade e aguça sua capacidade de se movimentar com confiança no mundo exterior.

Como alimentar a intuição para que ela seja bem-nutrida e responda aos nossos pedidos de que esquadrinhe as cercanias? Nós a alimentamos de vida — ela se alimenta de vida quando nós prestamos atenção a ela.

De que vale uma voz sem um ouvido que a receba? De que vale uma mulher na selva da megalópole ou no cotidiano da vida a não ser que ela possa ouvir a voz e nela confiar?

Já ouvi mulheres que disseram estas palavras, se não centenas, então milhares de vezes: “Eu sabia que devia ter seguido minha intuição.

Pressenti que devia ou não devia ter feito isso ou aquilo, mas não lhe dei ouvidos.” Nutrimos o profundo self intuitivo ao prestar atenção a ele e ao agir de acordo com sua orientação.

É isso o que deve passar de mulher para mulher, essa atividade abençoada de se vincular à intuição, de testá-la e de alimentá-la. Nós, fortalecemos nossos laços com nossa natureza intuitiva quando prestamos atenção à voz interior a cada curva da estrada. “Devo ir para esse lado ou para o outro? Devo ficar ou partir? Devo resistir ou ser flexível?

Devo fugir disso ou correr na sua direção?  Essa pessoa, esse acontecimento, essa empreitada, é verdadeira ou falsa?”

O rompimento do vínculo entre a mulher e sua intuição é muitas vezes encarado erroneamente como se a própria intuição é que estivesse destruída.

Não é o que ocorre. Não foi a intuição que se partiu, mas, sim, a bênção matrilinear da intuição, a transmissão da confiança intuitiva de todas as mulheres de uma linhagem, que já se foram para aquela mulher específica — é esse longo rio de antepassadas que foi represado.

 A compreensão da mulher da sua sabedoria intuitiva pode ser fraca em conseqüência do rompimento, mas com exercício ela poderá se restaurar e se manifestar em sua plenitude.



É uma receptividade maciça e fundamental. Não uma receptividade  do tipo alardeado no passado pela psicologia tradicional, que é como um recipiente passivo; mas, sim, uma receptividade como a da posse de acesso imediato a uma sabedoria profunda que atinge as mulheres até os próprios ossos.
 
 
 
Uma mulher na luta contra aviolência sobre a mulher
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