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quinta-feira, 23 de junho de 2011



Cabaz da sardinha sobe de 10 para 1OO EUROS

A sardinha é pouca e cara. De nada valeram as longas horas de espera por um bom negócio na Docapesca, em Matosinhos. A maioria dos cabazes dos pescadores foi vendida a 100 euros e, fora da lota, o preço subiu mais. Num dia normal, o cabaz ronda os 10 euros. Para quem compra, os dias que antecedem o S. João são os piores. Só os pescadores sorriem com o agigantar do lucro.
"Havia de festejar-se o S. João mais vezes. É nestes dias que ganhamos alguma coisa que se veja. No S. João, só não se vende o barco, porque não podemos", graceja Delfim Vilaça, contramestre do barco "Virgem das Dores", lado a lado com os homens das Caxinas e da Póvoa que compõem a tripulação. Atracados, apressam-se a colocar o pescado em cabazes (o cabaz pesa 22,5 quilos e carrega 400 a 450 sardinhas), deixando no porto os peixes mutilados pelas redes. As gaivotas aguardam pelo petisco.

VIVA O SÃO JOÃO DO PORTO - PORTUGAL O SAGRADO E O PROFANO

A noite de 23 de Junho é a noite de todas as folias, contentamentos e sensualidades, a noite mais alegre do ano, em que multidões de pessoas vêm para a rua festejar o santo que favorece os amores. Durante o período festivo, a cidade vive um conjunto de manifestações de cariz popular, entre espectáculos culturais e recreativos, rusgas e a já famosa regata dos barcos rabelos que percorre, uma extensão de 1,5 km, desde a Foz do Douro até à Ponte D. Luís I, na Ribeira.

Do programa de festas, há igualmente tempo para a competição presente na já tradicional corrida de São João, nos concursos de cascatas, nos concursos de montras e no de quadras populares alusivas ao São João.

A baixa da cidade onde se apregoa a venda dos tradicionais manjericos, cravos, erva-cidreira, "alho-porro" ou "alho de S. João", reparte as suas bancas com os modernos martelinhos, elementos imprescindíveis para as amistosas "agressões" entre os foliões da noite de São João.





FOTOS DE DANIEL PORTUGAL

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