Autarca de Nápoles declara “guerra” à máfia
25/06 22:13 CET
Incêndio - Itália - Máfia - Poluição
É a “camorra” que está a incendiar as pilhas de lixo espalhadas por Nápoles. A acusação é feita pelo recém-eleito presidente da Câmara desta cidade que volta a viver um pesadelo a céu aberto.
Luigi de Magistris acusa a máfia napolitana de querer boicotar a sua “revolução ambiental”, que
quer tirar à camorra uma das suas fontes de rendimentos: a recolha e o tratamento do lixo.
“A partir do momento em que anunciámos e começámos uma revolução ambiental com quatro decretos assinados em dez dias, aumentaram os incêndios do lixo. Ainda assim, a situação é menos grave do que há alguns meses e anos”, declarou o autarca.
Mais prudentes são os residentes afetados pela nova crise do lixo, que preferem não inflamar os ânimos da máfia napolitana.
A explicação é dada por um habitante. Questionado sobre se teme apresentar queixas, responde que não quer ter de prestar contas porque ninguém o vai proteger. Dá, por isso, o exemplo de um agente de trânsito que fez uma queixa e no dia seguinte tinha o carro carbonizado.
O novo autarca, de um partido de oposição a Berlusconi, acusa o primeiro-ministro italiano
de ter abandonado Nápoles, onde 2400 toneladas de lixo permanecem por recolher.
Na semana passada, o Governo italiano não conseguiu aprovar um decreto-lei para o transporte do lixo de Nápoles para outras regiões.
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