Segunda-feira, 20 de Junho de 2011
O dia em que Portugal ficou sem ministério da cultura
Os nomes Ángeles González-Sinde Reig, Frédéric Mitterrand, Bernd Neumann, Giancarlo Galan e Lena Adelsohn Liljeroth dizem-vos alguma coisa?
É possível que não. Não são actores do cinema americano nem cantores pop da moda. Estes são os nomes de alguns dos Ministros da Cultura europeus: Espanha, França, Alemanha, Itália e Suécia.
Sexta-feira foi dia de mais uma saída da Marcha Popular da Ramada. A Marcha é sem dúvida um dos grandes expoentes culturais da minha freguesia, por recuperar a tradição saloia da região, por fazer este ano 11 anos de actuações, por movimentar centenas de pessoas, entre marchantes, aguadeiros, madrinha, ensaiador, músicos, costureira, e todos os familiares que nos acompanham. É também uma manifestação cultural muito apreciada pela população, que assiste às suas actuações.
Curiosamente, sexta-feira foi também o dia em que Portugal perdeu o seu Ministério da Cultura (MC).
Apesar dos políticos de direita gostarem de dizer que a cultura "é coisa de esquerda", é interessante ver que por essa Europa a fora, Governos de esquerda e de direita dão o exemplo de que a Cultura é um bocadinho mais do que isso. No fundo, que a Cultura é aquilo que nos caracteriza como povo, que nos une. Abdicar disso é, certamente, desvalorizarmo-nos tanto para fora como para nós próprios.
Mas a crise, essa desculpa perfeita para tudo o que sempre se quis fazer, mas que a falta de coragem ou seriedade sempre os impediu, foi no final o mote para a extinção do MC. Não foi uma novidade, afinal fazia parte do programa eleitoral do PSD, aquele que a maioria aceitou no dia 5 de Junho.
Ainda não é conhecido o que vai acontecer a toda a estrutura do MC, quem vai tutelar o que o MC tutelava, quem vai desenvolver o trabalho que o MC desenvolvia. Ou se simplesmente se vai estagnar, deixar de apoiar o que já era pouco apoiado, deixar de fazer o pouco que ainda se fazia.
Fico à espera dos desenvolvimentos. Mas esta é para mim, e sem dúvida, mais uma das medidas cegas que vão fazer este país definhar ainda mais.
É possível que não. Não são actores do cinema americano nem cantores pop da moda. Estes são os nomes de alguns dos Ministros da Cultura europeus: Espanha, França, Alemanha, Itália e Suécia.
Sexta-feira foi dia de mais uma saída da Marcha Popular da Ramada. A Marcha é sem dúvida um dos grandes expoentes culturais da minha freguesia, por recuperar a tradição saloia da região, por fazer este ano 11 anos de actuações, por movimentar centenas de pessoas, entre marchantes, aguadeiros, madrinha, ensaiador, músicos, costureira, e todos os familiares que nos acompanham. É também uma manifestação cultural muito apreciada pela população, que assiste às suas actuações.
Curiosamente, sexta-feira foi também o dia em que Portugal perdeu o seu Ministério da Cultura (MC).
Apesar dos políticos de direita gostarem de dizer que a cultura "é coisa de esquerda", é interessante ver que por essa Europa a fora, Governos de esquerda e de direita dão o exemplo de que a Cultura é um bocadinho mais do que isso. No fundo, que a Cultura é aquilo que nos caracteriza como povo, que nos une. Abdicar disso é, certamente, desvalorizarmo-nos tanto para fora como para nós próprios.
Mas a crise, essa desculpa perfeita para tudo o que sempre se quis fazer, mas que a falta de coragem ou seriedade sempre os impediu, foi no final o mote para a extinção do MC. Não foi uma novidade, afinal fazia parte do programa eleitoral do PSD, aquele que a maioria aceitou no dia 5 de Junho.
Ainda não é conhecido o que vai acontecer a toda a estrutura do MC, quem vai tutelar o que o MC tutelava, quem vai desenvolver o trabalho que o MC desenvolvia. Ou se simplesmente se vai estagnar, deixar de apoiar o que já era pouco apoiado, deixar de fazer o pouco que ainda se fazia.
Fico à espera dos desenvolvimentos. Mas esta é para mim, e sem dúvida, mais uma das medidas cegas que vão fazer este país definhar ainda mais.
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