O português é suspeito de ter prestado apoio a combatentes do Estado Islâmico e estava radicado no Reino Unido há vários anos. Terá servido como apoio e facilitador do movimento terrorista.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um cidadão português ligado ao Estado Islâmico na sequência de uma investigação a crimes de terrorismo. É suspeito de ter “prestado apoio a combatentes” da organização terrorista e ficou em prisão preventiva.
Em comunicado, a PJ informa que o português estava “radicado no Reino Unido há vários anos” e foi a partir daí que apoiou “diversas atividades em prol do Estado Islâmico”. Serviu como “apoio e facilitador ao movimento de outros nacionais” para os territórios do Iraque e também do norte da Síria.
A PJ fez buscas na casa do suspeito e as operações ocorreram na madrugada de domingo. A investigação ainda continua, limitando-se agora a suspeitos residentes em Portugal. Os casos dos outros nacionais da diáspora serão “tratados diferentemente e em sede própria”, adianta o comunicado da Polícia Judiciária. O suspeito foi interrogado esta segunda-feira e ficou em prisão preventiva.
O Expresso avança que o suspeito – Rómulo – pertence à célula de Leyton e trabalhava como produtor de música em Londres. Já em 2014, o mesmo jornal tinha falado com o agora arguido. Na altura, afirmou que não pertencia ao Estado Islâmico. Rómulo chegou a ser interrogado por autoridades inglesas, mas nunca foi detido ou constituído arguido.
Rómulo é irmão de Celso e Edgar Rodrigues da Costa – jihadistas portugueses que combateram pelo Estado Islâmico e que entretanto morreram. Para além de Celso e Edgar, foram também para a Síria Fábio Poças, Sadjo Ture, Sandro Monteiro e Nero Saraiva. Apenas o último estará vivo, de acordo com o Expresso.
Os três irmãos portugueses são de Massamá, Lisboa, e mudaram-se para Londres há vários anos. Jogavam todos futebol, dançavam em grupos de breakdance e integravam bandas de hip-hop. Enquanto dançarinos, os irmão participaram em espetáculos ao vivo e também entraram num programa de televisão.
O mesmo jornal adianta que foi o hip-hop que levou Rómulo a trabalhar no Reino Unido como produtor de música. Mais conhecido por Romy Fansony, o português ajudou mesmo vários luso-descendentes que se dedicavam ao rap e hip-hop em Londres.
observador.pt
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