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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Automatização vai destruir 421 mil postos de trabalho no Norte até 2030


A automatização vai destruir 421 mil postos de trabalho na zona Norte do país até 2030, mas 227 mil empregos serão criados, refere um estudo que a CIP -- Confederação Empresarial de Portugal apresenta hoje.

Automatização vai destruir 421 mil postos de trabalho no Norte até 2030


O setor mais afetado na zona Norte de Portugal será a manufatura, com a CIP a estimar uma redução líquida de postos de trabalhos na próxima década em cerca de 90 mil, "onde aproximadamente metade das perdas estarão concentradas no setor de têxteis".
A automatização fará ainda com que 234 mil trabalhadores na zona Norte (14% da força de trabalho) tenham de se requalificar entre 2020 e 2030.
De acordo com o documento que será apresentado no Porto na conferência 'O Futuro do Trabalho em Portugal - O Impacto na Zona Norte', é feita uma análise aos níveis de qualificação do setor da manufatura, onde 65% dos trabalhadores têm baixa qualificação, 24% média e apenas 11% são altamente qualificados.
Já no comércio por grosso e a retalho, o segundo setor mais afetado pela automatização na próxima década, 47% dos trabalhadores têm baixas qualificações, 37% qualificação média e 16% elevada.
A iniciativa da CIP, que tem como subtítulo "O Imperativo da Requalificação", resulta de um protocolo de colaboração entre a confederação e a NOVA School of Business and Economics.
A análise regional é um trabalho realizado na sequência de um estudo nacional divulgado pela CIP em janeiro, sobre o impacto da automatização no futuro do trabalho.
Segundo o estudo de âmbito nacional, a automatização em Portugal pode levar à perda de 1,1 milhões de empregos na indústria e comércio até 2030, mas criar outros tantos na saúde, assistência social, ciência, profissões técnicas e construção.
De acordo com as análises regionais já divulgadas, a zona Centro vai concentrar 22% dos postos de trabalho que vão ser destruídos na próxima década devido à automação, num total de 240 mil, o que criará a necessidade de requalificação de 134 mil trabalhadores.
Quanto à zona sul, a automatização deverá destruir 54 mil postos de trabalho na próxima década e serão também criados 30 mil postos de trabalho.

www.noticiasaominuto.com

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