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Em 18 de junho de 1815 Napoleão Bonaparte perdeu a batalha de Waterloo contra a Inglaterra e a Prússia.
Assim, as potências europeias encerraram o império de Napoleão I, obrigando-o a abdicar pela segunda vez e deportando-o para Santa Helena.
As potências europeias já negociavam em Viena quando Napoleão I deixou o seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815, para retornar à pátria, no sul de França. Em 20 de março, ele foi recebido com triunfo em Paris. Pouco tempo depois, a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia decidiram recomeçar a guerra contra Napoleão.
O imperador francês aproveitou o entusiasmo existente em França para organizar um novo exército e, em seguida, marchou com 125 mil homens e 25 mil cavalos para a Bélgica, a fim de impedir a coligação dos exércitos inglês e prussiano.
Em 26 de junho de 1815, as tropas francesas alcançaram Charleroi.
Atrás da cidade, numa encruzilhada, o exército de Napoleão dividiu-se em duas colunas: uma marchou em direção a Bruxelas contra as tropas de Wellington, e outra, sob o comando do próprio Napoleão, em direção a Fleuru, contra o exército prussiano de Blücher.
No cerco das linhas inimigas, Blücher aquartelou-se no moinho de vento de Brye, sem saber que, igualmente a partir de um moinho, Napoleão podia observar, com telescópio, o movimento das tropas inimigas. Às 15 horas do mesmo dia, os franceses começaram a atacar.
Prússia perde batalha de Ligny
O exército da Prússia dispunha de mais de 84 mil homens e 216 canhões, enquanto os franceses tinham 67.800 homens e 164 canhões. Mas os prussianos cometeram um erro grave. Eles confiaram na chegada do exército de Wellington, na parte da tarde, a fim de apoiá-los no combate contra os franceses. Por isso, entrincheiraram-se no lugarejo de Ligny para aguardar a chegada dos ingleses. Os franceses atacaram o lugar com os seus canhões. A esperança que os prussianos depositaram em Wellington foi em vão.
Os franceses ganharam a batalha. Na mesma noite, Blücher ordenou a retirada para o norte. Os prussianos foram vencidos, deixando 20 mil mortos para trás, mas ainda não haviam sido derrotados definitivamente.
Chuvas retardam batalha de Waterloo
Wellington e as suas tropas alcançaram o planalto de Mont Saint Jean, situado na estrada de Bruxelas para Charleroi, a 17 de junho de 1815. Wellington aquartelou-se na cavalariça de Waterloo. As fortes chuvas, que haviam começado cair à tarde, transformaram rapidamente o solo num charco, dificultando o movimento e o posicionamento dos canhões.
Os soldados procuraram refúgio da chuva torrencial.
Ao cair da tarde, os soldados franceses também alcançaram a fazenda Belle Alliance, na estrada de Bruxelas para Charleroi. Napoleão aquartelou-se na fazenda La Caillou e passou a observar como os ingleses se entrincheiravam no planalto. No dia seguinte (18 de junho de 1815), o imperador francês expôs o seu plano de batalha.
Ele queria primeiro conquistar a posição ocupada pelos ingleses. Os canhões deveriam atacar o inimigo com fogo cerrado. Napoleão estava seguro da vitória e que derrotaria as tropas de Wellington antes da chegada dos prussianos.
Primeiras armas de destruição em massa
O ataque estava previsto para as nove da manhã, mas sofreu um atraso de duas horas e meia por causa do aguaceiro. Primeiro, os franceses tentaram conquistar o morgadio Hougoumont, mas os ingleses estavam bem posicionados e usaram uma arma nova poderosa contra as fileiras compactas das tropas atacantes.
A arma eram as granadas, espécie de balas de chumbo dentro de um invólucro de aço, que podiam ser disparadas a longas distâncias. Os franceses tentaram várias vezes, em vão, tomar Hougoumont, até desistirem às 17 horas.
Diante dos muros de Hougoumont ficaram mais de 3 mil mortos.
Enquanto isso, Napoleão dava a ordem de avançar sobre La Haie Sainte para poder atacar os ingleses entrincheirados no planalto. Neste momento, ele já sabia que os prussianos se aproximavam. E a partir daí, a saída para Waterloo era uma questão de tempo. A nova arma de destruição em massa causou baixas terríveis no ataque a La Haie Sainte, mas os franceses conseguiram conquistar a fazenda. O front de Wellington cambaleou. Os seus generais exigiram que ele enviasse as suas reservas, mas ele não as tinha mais.
O único consolo que Wellington poderia oferecer era a sua famosa frase:
"Eu gostaria que fosse madrugada ou que os prussianos chegassem."
Chegada das tropas prussianas
O comando avançado prussiano chegou, finalmente, ao campo de batalha depois das 19 horas. Para Napoleão, era evidente que tinha de tomar uma decisão e ordenou à sua combativa Guarda Imperial que atacasse. A nova arma de destruição em massa atingiu os franceses em cheio. Para piorar a situação das tropas napoleónicas, as prussianas chegaram pouco depois das 20 horas.
O exército francês ainda tentou fugir, mas a batalha de Waterloo estava decidida. Às 21 horas e 30 minutos, o prussiano Blücher abraçou o inglês Wellington na frente da fazenda Belle Alliance. E assim foi encerrado o capítulo de Napoleão na história europeia.
A Batalha de Waterloo - Clément-Auguste Andrieux
O general Hill sugere a rendição do que restou da Guarda Imperial francesa -
Mapa táctico da Batalha de Waterloo
Batalha histórica, travada a 18 de junho de 1815, que pôs termo ao império napoleónico, após vinte e três anos de guerra entre a França e outros países europeus. O teatro da luta foi o lugar de Waterloo (atual Bélgica), onde os exércitos de Wellington (inglês) e de Blücher (prussiano) se agruparam contra as tropas francesas.
Em 18 de junho de 1815 Napoleão Bonaparte perdeu a batalha de Waterloo contra a Inglaterra e a Prússia.
Assim, as potências europeias encerraram o império de Napoleão I, obrigando-o a abdicar pela segunda vez e deportando-o para Santa Helena.
As potências europeias já negociavam em Viena quando Napoleão I deixou o seu exílio na ilha de Elba, em 26 de fevereiro de 1815, para retornar à pátria, no sul de França. Em 20 de março, ele foi recebido com triunfo em Paris. Pouco tempo depois, a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia decidiram recomeçar a guerra contra Napoleão.
O imperador francês aproveitou o entusiasmo existente em França para organizar um novo exército e, em seguida, marchou com 125 mil homens e 25 mil cavalos para a Bélgica, a fim de impedir a coligação dos exércitos inglês e prussiano.
Em 26 de junho de 1815, as tropas francesas alcançaram Charleroi.
Atrás da cidade, numa encruzilhada, o exército de Napoleão dividiu-se em duas colunas: uma marchou em direção a Bruxelas contra as tropas de Wellington, e outra, sob o comando do próprio Napoleão, em direção a Fleuru, contra o exército prussiano de Blücher.
No cerco das linhas inimigas, Blücher aquartelou-se no moinho de vento de Brye, sem saber que, igualmente a partir de um moinho, Napoleão podia observar, com telescópio, o movimento das tropas inimigas. Às 15 horas do mesmo dia, os franceses começaram a atacar.
Prússia perde batalha de Ligny
O exército da Prússia dispunha de mais de 84 mil homens e 216 canhões, enquanto os franceses tinham 67.800 homens e 164 canhões. Mas os prussianos cometeram um erro grave. Eles confiaram na chegada do exército de Wellington, na parte da tarde, a fim de apoiá-los no combate contra os franceses. Por isso, entrincheiraram-se no lugarejo de Ligny para aguardar a chegada dos ingleses. Os franceses atacaram o lugar com os seus canhões. A esperança que os prussianos depositaram em Wellington foi em vão.
Os franceses ganharam a batalha. Na mesma noite, Blücher ordenou a retirada para o norte. Os prussianos foram vencidos, deixando 20 mil mortos para trás, mas ainda não haviam sido derrotados definitivamente.
Chuvas retardam batalha de Waterloo
Wellington e as suas tropas alcançaram o planalto de Mont Saint Jean, situado na estrada de Bruxelas para Charleroi, a 17 de junho de 1815. Wellington aquartelou-se na cavalariça de Waterloo. As fortes chuvas, que haviam começado cair à tarde, transformaram rapidamente o solo num charco, dificultando o movimento e o posicionamento dos canhões.
Os soldados procuraram refúgio da chuva torrencial.
Ao cair da tarde, os soldados franceses também alcançaram a fazenda Belle Alliance, na estrada de Bruxelas para Charleroi. Napoleão aquartelou-se na fazenda La Caillou e passou a observar como os ingleses se entrincheiravam no planalto. No dia seguinte (18 de junho de 1815), o imperador francês expôs o seu plano de batalha.
Ele queria primeiro conquistar a posição ocupada pelos ingleses. Os canhões deveriam atacar o inimigo com fogo cerrado. Napoleão estava seguro da vitória e que derrotaria as tropas de Wellington antes da chegada dos prussianos.
Primeiras armas de destruição em massa
O ataque estava previsto para as nove da manhã, mas sofreu um atraso de duas horas e meia por causa do aguaceiro. Primeiro, os franceses tentaram conquistar o morgadio Hougoumont, mas os ingleses estavam bem posicionados e usaram uma arma nova poderosa contra as fileiras compactas das tropas atacantes.
A arma eram as granadas, espécie de balas de chumbo dentro de um invólucro de aço, que podiam ser disparadas a longas distâncias. Os franceses tentaram várias vezes, em vão, tomar Hougoumont, até desistirem às 17 horas.
Diante dos muros de Hougoumont ficaram mais de 3 mil mortos.
Enquanto isso, Napoleão dava a ordem de avançar sobre La Haie Sainte para poder atacar os ingleses entrincheirados no planalto. Neste momento, ele já sabia que os prussianos se aproximavam. E a partir daí, a saída para Waterloo era uma questão de tempo. A nova arma de destruição em massa causou baixas terríveis no ataque a La Haie Sainte, mas os franceses conseguiram conquistar a fazenda. O front de Wellington cambaleou. Os seus generais exigiram que ele enviasse as suas reservas, mas ele não as tinha mais.
O único consolo que Wellington poderia oferecer era a sua famosa frase:
"Eu gostaria que fosse madrugada ou que os prussianos chegassem."
Chegada das tropas prussianas
O comando avançado prussiano chegou, finalmente, ao campo de batalha depois das 19 horas. Para Napoleão, era evidente que tinha de tomar uma decisão e ordenou à sua combativa Guarda Imperial que atacasse. A nova arma de destruição em massa atingiu os franceses em cheio. Para piorar a situação das tropas napoleónicas, as prussianas chegaram pouco depois das 20 horas.
O exército francês ainda tentou fugir, mas a batalha de Waterloo estava decidida. Às 21 horas e 30 minutos, o prussiano Blücher abraçou o inglês Wellington na frente da fazenda Belle Alliance. E assim foi encerrado o capítulo de Napoleão na história europeia.
wikipedia (Imagem)
Batalha de Waterloo - William SadlerA Batalha de Waterloo - Clément-Auguste Andrieux
O general Hill sugere a rendição do que restou da Guarda Imperial francesa -
Robert Alexander Hillingford |
Mapa táctico da Batalha de Waterloo
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