No que foi descrito como um dos golpes mais ousados da história, um ou mais indivíduos usaram uma máscara de silicone para se passar pelo ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, e se apropriaram de 80 milhões de euros de vítimas ricas incautas. Jean-Yves já foi Ministro da Defesa da França de 2012 a 2017 e atualmente é o Ministro de Relações Externas.
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Ele é uma figura política importante em sua terra natal, mas também relativamente obscura, razão pela qual os investigadores acreditam que ele foi escolhido como alvo de um dos mais ousados roubos de identidade na história registada.
Entre 2015 e 2017, um ou mais golpistas usaram uma máscara de silicone personalizada e um escritório habilmente decorado para enganar vários membros do governo e empresários ricos a pensarem que estavam sendo contatados por Le Drian, que pedia ajuda financeira para pagar o resgate de jornalistas supostamente capturados por islamistas no Oriente Médio. Algumas das vítimas desconfiaram do ardil, mas muitas acreditaram e doaram milhões.
O golpe era simples, mas muito bem pensado. Os golpistas posavam como membros do círculo interno de Le Drian e contatavam empresários franceses e estrangeiros para marcar uma conversa com o estimado "ministro". No começo, as conversas eram realizadas por telefone, com o golpista representando o ministro francês imitando a voz de Le Drian quase à perfeição. Mas, para tornar a coisa toda ainda mais convincente, eles mudaram para as chamadas de vídeo via Skype.
Uma das chamadas de vídeo organizadas pelo fraudador (es) mostram uma pessoa usando uma máscara de silicone personalizada de Le Drian sentado em uma mesa do ministro francês, completa com bandeira francesa e um retrato de François Hollande, o presidente da França na época. Le Drian estava propositadamente sentado a uma distância razoável da câmera, em uma sala mal iluminada, para tornar mais difícil para as vítimas perceberem que ele era apenas um cara com uma máscara. Eles também garantiram que a qualidade do vídeo fosse ruim e sempre mantinha conversas curtas.
Entre 2015 e 2017, um ou mais golpistas usaram uma máscara de silicone personalizada e um escritório habilmente decorado para enganar vários membros do governo e empresários ricos a pensarem que estavam sendo contatados por Le Drian, que pedia ajuda financeira para pagar o resgate de jornalistas supostamente capturados por islamistas no Oriente Médio. Algumas das vítimas desconfiaram do ardil, mas muitas acreditaram e doaram milhões.
O golpe era simples, mas muito bem pensado. Os golpistas posavam como membros do círculo interno de Le Drian e contatavam empresários franceses e estrangeiros para marcar uma conversa com o estimado "ministro". No começo, as conversas eram realizadas por telefone, com o golpista representando o ministro francês imitando a voz de Le Drian quase à perfeição. Mas, para tornar a coisa toda ainda mais convincente, eles mudaram para as chamadas de vídeo via Skype.
Uma das chamadas de vídeo organizadas pelo fraudador (es) mostram uma pessoa usando uma máscara de silicone personalizada de Le Drian sentado em uma mesa do ministro francês, completa com bandeira francesa e um retrato de François Hollande, o presidente da França na época. Le Drian estava propositadamente sentado a uma distância razoável da câmera, em uma sala mal iluminada, para tornar mais difícil para as vítimas perceberem que ele era apenas um cara com uma máscara. Eles também garantiram que a qualidade do vídeo fosse ruim e sempre mantinha conversas curtas.
Durante essas ligações pelo Skype, o falso Le Drian pedia a suas vítimas que doassem somas consideráveis de dinheiro para o resgate de jornalistas mantidos por islâmicos no Oriente Médio. Como a França oficialmente não paga resgates a sequestradores, o fraudador solicitou que o dinheiro fosse enviado para uma conta na China, o que garantiu que os pagamentos não pudessem ser rastreados.
Desde o final de 2015 até o final de 2017, o golpista conseguiu fraudar cerca de 80 milhões de euros de várias vítimas. A BBC informa que mais da metade da quantia veio de um empresário turco anónimo, enquanto o rico Karim Aga Khan perdeu cerca de 18 milhões. Nenhuma das pessoas que perdeu dinheiro queria falar com a imprensa sobre isso.
- "Tudo sobre a história é excepcional", disse o advogado de Le Drian. - "Eles ousaram assumir a identidade de um ministro francês em serviço. Então convocaram CEOs e chefes de governo em todo o mundo e pediram enormes quantias de dinheiro. A cara de pau desta gente!"
O caso ainda está sob investigação judicial na França, e o principal suspeito foi identificado como Gilbert Chikli, um vigarista de origem judaica tunisiana que cresceu em Paris. Sua origem criminosa inclui a fraudar corporações francesas, fingindo ser seus CEOs, e tentando obter que o governo da Tunísia pagasse por um número de helicópteros Tiger que nunca tinham sido realmente encomendados. Ele já era procurado por seus crimes anteriores, mas ele fugiu para Israel, que se recusa a extraditar seus cidadãos.
Desde o final de 2015 até o final de 2017, o golpista conseguiu fraudar cerca de 80 milhões de euros de várias vítimas. A BBC informa que mais da metade da quantia veio de um empresário turco anónimo, enquanto o rico Karim Aga Khan perdeu cerca de 18 milhões. Nenhuma das pessoas que perdeu dinheiro queria falar com a imprensa sobre isso.
- "Tudo sobre a história é excepcional", disse o advogado de Le Drian. - "Eles ousaram assumir a identidade de um ministro francês em serviço. Então convocaram CEOs e chefes de governo em todo o mundo e pediram enormes quantias de dinheiro. A cara de pau desta gente!"
O caso ainda está sob investigação judicial na França, e o principal suspeito foi identificado como Gilbert Chikli, um vigarista de origem judaica tunisiana que cresceu em Paris. Sua origem criminosa inclui a fraudar corporações francesas, fingindo ser seus CEOs, e tentando obter que o governo da Tunísia pagasse por um número de helicópteros Tiger que nunca tinham sido realmente encomendados. Ele já era procurado por seus crimes anteriores, mas ele fugiu para Israel, que se recusa a extraditar seus cidadãos.
Chikli foi preso em 2017, durante uma viagem à Ucrânia, a pedido das autoridades francesas. Quando foi preso, ele alegou que tinha ido à Ucrânia em uma peregrinação ao túmulo de um rabino bem conhecido, mas a polícia encontrou evidências em seu celular que mostravam que ele tinha comprado uma máscara de silicone.
Na prisão em Kiev, Chikli fez jus à sua reputação de narcisista. Ele pagou os guardas para conseguir uma geladeira abastecida com bifes e vodca, e depois exibiu um vídeo de mídia social onde dizia impropérios e insultava o sistema de justiça francês. Não foi uma boa ideia. Identificado, ele foi quase imediatamente extraditado para a França.
Na prisão em Kiev, Chikli fez jus à sua reputação de narcisista. Ele pagou os guardas para conseguir uma geladeira abastecida com bifes e vodca, e depois exibiu um vídeo de mídia social onde dizia impropérios e insultava o sistema de justiça francês. Não foi uma boa ideia. Identificado, ele foi quase imediatamente extraditado para a França.
VÍDEO
Gilbert Chikli está sob custódia das autoridades francesas desde 2017, mas esta história não termina com o golpista atrás das grades. No início deste ano, o golpe do "Le Drian falso" recomeçou. As embaixadas francesas começaram a receber relatórios do ministro das Relações Exteriores que agora pede dinheiro a amigos da França influentes pelo mesmo método de antes.
Em fevereiro, três cidadãos francês-israelitas foram presos perto de Tel Aviv em relação a este caso, e o engodo parou mais uma vez. Ainda não está claro se os três estavam copiando Chikli ou se eram seus cúmplices. Pelo que sabemos, pode muito bem haver outros especializados na arte de se passar por Jean-Yves Le Drian.
Em fevereiro, três cidadãos francês-israelitas foram presos perto de Tel Aviv em relação a este caso, e o engodo parou mais uma vez. Ainda não está claro se os três estavam copiando Chikli ou se eram seus cúmplices. Pelo que sabemos, pode muito bem haver outros especializados na arte de se passar por Jean-Yves Le Drian.
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