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quinta-feira, 27 de junho de 2019

QUE FUTURO?




Guilherme Antunes in facebook 

 QUE FUTURO?
 Vulgarizou-se a pequenez elementar de que a juventude, sendo o futuro, será ela que equipará forças e razão rumo à “humanização” do capitali$mo calhorda. Apesar de ser verdade que a esperança é jovem e que o futuro sem ela não se construirá, convém, todavia, pensar com que juventude aludimos a esses feitos renascentistas que nos trarão a regeneração cívica de um povo veramente moderno e modernista.
Se soubermos que os índices mais baixos de instrução registados na Europa se situam em Portugal e que o analfabetismo jovem se alicerça na asnática profusão de telemóveis e “smartphones”, verificamos aterrados o futuro luminoso de “doutores” engalanados em aplicações digitais inúteis, glorificadoras do momento infausto plastificado de uma aprendizagem de falsidades históricas, de demências económico/financeiras, de egoísmos desenfreados e não raro, no âmbito do vale tudo.
A contestação revolucionária do “maralhal” é quase inexistente e a que existe é feita através das “boas práticas”, encadeadas por revisionistas autistas ou por ignorância pequeno-burguesa, em ambos os casos despossuídos da capacidade intelectual de análise e além disso…movidos a bom comportamento, como a burguesia gosta de elogiar.
Os banqueiros deleitam-se com os bolsos cheios como nunca tiveram, apontando o dedo a uma “crise” inexistente e que é palavra “non grata” para os jovens proletários abandonados e sem perspectiva de futuro, que conseguirão, apenas, na diáspora indicada piedosa e patrioticamente por passos coelho, o verme.
Fantasticamente o ladrão Salgado de milhões e milhões de euros aos jovens trabalhadores portugueses passeia por todo o país com o seu motorista, trazendo os tribunais à trela numa rigidez oratória que os doutos juízes não ousam incomodar. Senão…
Uma juventude neo-liberalizada em laboratório para o efeito, em que a sua parte à esquerda se limita, quase, ao calcorrear das avenidas famosas da capital, sem assomos de desassossego objectivo, sem alarde de reivindicação fustigante. Correndo perigos, exigindo o céu, clamando pelo “homem novo”, pois claro. Sim, porque se não for agora que imponham as utopias da Revolução, quando o farão?

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