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1. A perda pelo PSD da maioria absoluta é o elemento mais relevante dos resultados hoje conhecidos. É verdade que esta perda não significa em si a interrupção da política de exploração e injustiças que a governação do PSD significa.
E ainda que PSD e CDS, com ou sem a cumplicidade do PS, preparem o prosseguimento da política de direita, a perda do poder absoluto pelo PSD representa a vitória daqueles que, como a CDU, ao longo décadas ergueram a voz, deram combate, denunciaram injustiças, mobilizaram os trabalhadores e o povo.
2. A redução do número de deputados da CDU é um factor que pesará negativamente na vida política da Região e em particular na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo. São os trabalhadores e o povo, e a força para defender os seus interesses e direitos que sai fragilizada, é a afirmação das suas aspirações que perde a força da combatividade e da coerência que sempre encontraram na CDU.
Mais cedo que tarde, tal como sucedeu em 2011, quando a CDU obteve resultado idêntico com a redução de dois para um do número de deputados, serão os próprios trabalhadores e a população a darem conta de que é esta a força que lhes faz falta e a devolverem, como em 2015, o apoio que agora não deram.
Todos os que votaram na CDU, os trabalhadores e o povo madeirense e portosantense continuarão a contar com a acção, a determinação e a coragem da CDU. Agora, ainda que conjunturalmente sem a força que lhe era devida e necessária, mas com a mesma determinação de sempre e vinculado com os compromissos que assumiu com o povo.
3. O resultado agora obtido pela CDU não é separável da operação que ao longo dos meses foi dirigida para animar uma bipolarização artificial. Uma operação orientada para credibilizar como hipotética alternativa o PS, ignorando os elementos que no essencial fazem deste partido e do seu projecto para a Madeira uma mera fotocópia do PSD, e suportada na divulgação de sondagens encomendadas para preencher a notória falta de crédito do PS com o objectivo de amputar a livre expressão de voto de cada um.
Não se pode deixar de assinalar que a construção do resultado da CDU teve de enfrentar uma imensa disparidade de meios relativamente a algumas candidaturas, os efeitos da pulverização de candidaturas muitas delas sem qualquer outro objectivo que não fosse o de favorecer a perpetuação da política de direita, a ostensiva discriminação da comunicação social nacional e mesmo regional, a persistência de erros na expressão da vontade eleitoral a partir da confusão com símbolos de outros partidos como mais uma vez se pode constatar.
Os madeirenses poderão agora perceber o logro que alguns animaram para desviar votos que se revelam inconsequentes para a defesa firme dos seus próprios interesses que encontram na CDU a mais sólida garantia.
É com a CDU que os trabalhadores e o povo continuarão a contar.
Recolhidas as bandeiras e a exposição mediatizada quando uns prosseguirão a sua política de exploração e outros arrumarão os adereços até que haja novas eleições será a CDU que marcará presença nas localidades, nos bairros e nas empresas.
4. Uma palavra de saudação a todos os activistas da CDU, militantes do PCP, do PEV e muitos outros sem filiação partidária que deram corpo a uma campanha construida a palmo, assente no esclarecimento e na mobilização, vencendo preconceitos e enfrentando meios desproporcionais, baseada na militância e ancorada na proximidade e conhecimento dos problemas que os trabalhadores e o povo da Região enfrentam.
A CDU saúda todos quantos deram o seu apoio, e muitos deles pela primeira vez, assegurando a todos que o voto que nos confiaram não será traído e que contará em todos os momentos quer dentro quer fora do parlamento regional para fazer ouvir os seus interesses, defender os seus direitos, pesar para a construção de soluções que garantam uma vida melhor.
Amanhã, como sempre, a CDU marcará presença em cada luta, em cada momento e em cada lugar em que seja preciso afirmar direitos, denunciar injustiças, construir soluções para responder às aspirações populares e ao desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira.
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