(Na escadaria esclarecendo os trabalhadores concentrados no hall do Marquês de Pombal)
O PS e o PSD haviam abocanhado a Marconi, o descontentamento generalizou-se, o sindicato estava atento e os dirigentes auscultavam os trabalhadores percorrendo todas as estações e departamentos.
Após Assembleia Geral é decretada uma greve de 4 dias, o António Serafim e outros camaradas representam os trabalhadores nas negociações com um mercenário contratado pela administração.
Durante quatro dias e três noites, o Serafim, e outros dirigentes, discutiu as nossas propostas e, nos intervalos das reuniões informava os trabalhadores que o aguardavam no rés-do-chão do edifício, voltando à discussão até cerca da meia-noite, de seguida ia para a Federação onde redigia e fazia imprimir, com a colaboração de dois abnegados funcionários, os comunicados para distribuir e enviar para todas as estações e departamentos. A partir das oito horas da manhã percorria a empresa e, com os delegados sindicais e piquetes de greve contatar com os trabalhadores; reunia com a direção do sindicato, procurava esclarecimentos junto da CGTP-IN, e pela tarde estava na sede da empresa para reiniciar a reunião.
Tudo isto sem uma hora de sono durante quatro dias e três noites até festejarmos a nossa luta vitoriosa.
Entretanto a administração havia criado atabalhoadamente o Sindetelco/UGT para tentar a divisão de que necessitava, divisionistas que foram literalmente escorraçados pelos próprios trabalhadores.
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