De pastilhas a skates, são muitas as ameaças diárias ao desenho no Padrão dos Descobrimentos. Agora está simbolicamente tapado.
Esta sexta-feira, 27 de setembro, se passar pela zona do Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, vai reparar certamente em algo diferente. Por ocasião das Jornadas Europeias do Património, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) decidiu lançar um apelo à proteção da Rosa dos Ventos, tapando-a simbolicamente com um enorme pano preto.
A Rosa dos Ventos é todos os dias visitada, elogiada, fotografada. E todos os dias ameaçada. Segundo o Padrão dos Descobrimentos a estrutura com 50 metros é visitada e apreciada diariamente por centenas de pessoas que, a pé, descobrem o planisfério, as rotas das viagens portuguesas, os bufões e outras criaturas fantásticas que fazem da obra de Cristino da Silva uma peça única e irrepetível.
No entanto, todos os dias há bicicletas, skates, patins, trotinetes e outros veículos que sobre ela circulam — ainda que seja proibido; e pastilhas elásticas que são atiradas para o chão por quem ali passa. O monumento adianta que o terreiro de acesso ao Padrão dos Descobrimentos foi desenhado e pensado para ser pedonal e de livre acesso e “queremos que possa continuar a ser assim”
Apelamos por isso à consciência de cada um. Ajude-nos a preservar o nosso património. Um património que é de todos, que queremos manter intacto e transmitir às gerações futuras”, conclui a EGEAC em comunicado.
Oferecida em 1960 a Portugal pela África do Sul, a Rosa dos Ventos mostra, na entrada do Padrão, um planisfério, onde surgem traçadas as principais rotas dos Descobrimentos Portugueses. Foi desenhada no gabinete de Cristino da Silva.
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