COLETES AMARELOS EM FRANÇA
Desde o seu aparecimento, os Coletes Amarelos franceses têm sido vilipendiados por toda a direita europeia. Em Portugal, nenhuma força política lhe manifesta o seu apoio indelével. O ódio declarado de quase todas as forças políticas e a indiferença aparente do que resta, explicam-nos das perigosas desestabilizações sofridas pelo sistema, em que se realça a queima de um automóvel ou o internamento de um polícia da repressão. É, mesmo, intolerável que um povo em Resistência danifique 27 caixotes do lixo e parta 4 montras.
Estes inssurectos nunca mais aprendem que a luta de classes só deve ser reconhecida a tempo e horas. Bem nos dizem os Costas das nossas tragédias sociais e os SS ministros dos policiamentos selváticos, mas necessários de defesa dos valores ocidentais, que precisamos de ter maneiras. Que não podemos pedir este mundo (pois, ele já está, secularmente, doado à minoria da burguesia predadora e parasitária) e o outro, pois, o capitalismo é assim mesmo, um sistema de oportunidades.
Para podermos aquilatar na veracidade transmitida por lélés e lálás televisivos, putrefactos, que nos vêm garantindo o pecado anti-Cristo da extrema-direita dos coletes à ilharga de pinochets circenses, deixo aqui abaixo algumas das reivindicações deste movimento importante em França, rebelde, contrário à ordem estabelecida e que quer avançar no sentido insofismável do Frexit (irmão gémeo do Brexit).
1 - Aumento dos salários, justiça fiscal … e obviamente a demissão de Macron
2 - O crédito deve ser socializado.
3 - Nacionalizemos e socializemos o medicamento.
4 - Os serviços públicos devem continuar como bens públicos e (voltar a) ser gratuitos.
5 - Impedir pela lei a propaganda alienante destilada com o pretexto do direito à liberdade de expressão.
6 - Proibir a fuga de capitais e as cotações bolsistas quotidianas.
7 - As forças produtivas estão hoje suficientemente desenvolvidas para que o necessário esteja garantido a todos e a cada um.
2 - O crédito deve ser socializado.
3 - Nacionalizemos e socializemos o medicamento.
4 - Os serviços públicos devem continuar como bens públicos e (voltar a) ser gratuitos.
5 - Impedir pela lei a propaganda alienante destilada com o pretexto do direito à liberdade de expressão.
6 - Proibir a fuga de capitais e as cotações bolsistas quotidianas.
7 - As forças produtivas estão hoje suficientemente desenvolvidas para que o necessário esteja garantido a todos e a cada um.
Admirados com estas reivindicações? Grande evolução da extrema-direita francesa? Ou, antes, a realidade ser outra diferente da que nos contam por cá, enquanto se colocam cobertores sobres as pernas no aconchegozinho do sofá e da vidinha de cada um?
O movimento é de esquerda, inorgânico, despartidarizado, não tem uma direcção política marxista como deveria ter, mas tem os comunistas franceses (os que restam) lá envolvidos e na frente da luta.
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