AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sócrates quebra silêncio e desmente "falsidades" - leia aqui a declaração

 Sócrates quebra silêncio e desmente "falsidades"

O ex-primeiro-ministro José Sócrates classifica de "absurdas, injustas e infundamentadas" as acusações que lhe são dirigidas no âmbito do processo de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, afirmando que o caso "tem também contornos políticos".
PAÍS
Sócrates quebra silêncio e desmente falsidades
Lusa
Segundo o jornal Público, o texto foi ditado por José Sócrates ao seu advogado a partir de uma cabine telefónica da prisão de Évora, onde se encontra detido preventivamente desde segunda-feira.
José Sócrates, que responde no âmbito de um processo por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, responsabiliza o Ministério Público pela acusação, que diz ter "também contornos políticos". "A minha detenção para interrogatório foi um abuso e o espetáculo montado em torno dela uma infâmia", sustenta o ex-chefe do Governo entre 2005 e 2011.
O ex-primeiro-ministro do Partido Socialista afirma que ao fim de cinco dias "fora do mundo", decidiu, em "legítima defesa", comunicar que as acusações de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais são "absurdas, injustas e infundamentadas".

A declaração completa de José Sócrates:

"Há cinco dias fora do mundo, tomo agora consciência de que, como é habitual, as imputações e as circunstâncias devidamente selecionadas contra mim pela acusação ocupam os jornais e as televisões. Essas "fugas" de informação são crime. Contra a Justiça, é certo; mas também contra mim.
Não espero que os jornais, a quem elas aproveitam e ocupam, denunciem o crime e o quanto ele põe em causa os ditames da lealdade processual e os princípios do processo justo.
Por isso, será em legítima defesa que irei, conforme for entendendo, desmentir as falsidades lançadas sobre mim e responsabilizar os que as engendraram.
A minha detenção para interrogatório foi um abuso e o espetáculo montado em torno dela uma infâmia; as imputações que me são dirigidas são absurdas, injustas e infundamentadas; a decisão de me colocar em prisão preventiva é injustificada e constitui uma humilhação gratuita.
Aqui está toda uma lição de vida: aqui está o verdadeiro poder - de prender e de libertar. Mas, em contrapartida, não raro a prepotência atraiçoa o prepotente.
Defender-me-ei com as armas do Estado de Direito - são as únicas em que acredito. Este é um caso da Justiça e é com a Justiça Democrática que será resolvido.
Não tenho dúvidas que este caso tem também contornos políticos e sensibilizam-me as manifestações de solidariedade de tantos camaradas e amigos. Mas quero o que for político à margem deste debate. Este processo é comigo e só comigo. Qualquer envolvimento do Partido Socialista só me prejudicaria, prejudicaria o Partido e prejudicaria a Democracia.
Este processo só agora começou.
Évora, 26 de Novembro de 2014
José Sócrates"

Sem comentários: