Agricultores portugueses são
os mais idosos da UE
Os agricultores portugueses são os mais idosos da União Europeia. Um facto que não é novo, mas que vem agravando. Em 2009, a idade média do produtor agrícola português era de 63 anos e o ano passado estava já nos 64. Pior, mais de 52% dos agricultores têm uma idade igual ou superior a 65 anos. E esta é uma atividade maioritariamente a cargo dos homens (68,3%), diz o Instituto Nacional de Estatística.
Os dados fazem parte do 'Inquérito à estrutura das explorações agrícolas 2013', hoje divulgado, e mostram que só 6,2% dos produtores agrícolas vivem exclusivamente desta atividade em Portugal. "Em contrapartida, em 81,1% dos agregados domésticos do produtor o rendimento provém maioritariamente de origens exteriores à exploração, designadamente de pensões e reformas (65,3%)", destaca o INE. Apesar disso, a grande maioria dos produtores tenciona continuar com a atividade agrícola nos próximos anos.
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Uma decisão que é independente da dimensão económica da exploração e da sua localização. "De facto, apesar de um número significativo de pequenos agricultores terem abandonado a atividade desde 2009, 95,1% afirmaram que preveem continuar com a atividade da exploração nos próximos dois anos", sublinha a nota do INE, explicando que os principais motivos apontados para a continuidade "são o valor afetivo (48,3%), o complemento ao rednimento familiar (31,4%) e a ausência de alternativas profissionais (9,9%)". Só 8,6% dos agricultores referem a viabilidade económica.
Saiba, ainda, que apesar da "empresarialização" da agricultura a que se assistiu nos últimos anos - "expressa pelo crescimento do número de sociedades agrícolas" - apenas um quarto do volume do trabalho é contratado a mão de obra assalariada. Todo o resto assenta na população agrícola familiar. Aliás, só em 7,9% das explorações, ou seja, em 20,7 mil propriedades agrícolas, é que há trabalhadores permanentes, num total de 60,5 mil indivíduos.
Assiste-se, também, a um aumento da dimensão das explorações agrícolas e a uma melhoria dos indicadores laborais, refere o INE, que contabiliza 264,4 mil explorações agrícolas em Portugal em 2013, menos 40,8 mil do que em 2009.
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A superfície agrícola utilizada (SAU) manteve-se nos 3,6 milhões do hectares (39,5% da superfície territorial), o que se traduziu no aumento da dimensão média das explorações dos 12 hectares em 2009 para os 13,8 hectares em 2013. Número que se aproxima já da média comunitária e que é de 14,4 hectares por exploração.
Salienta, ainda, o INE que a "empresarialização da agricultura" tem contribuído para o aumento da eficiência do sector, "devido à adoção de processos de gestão mais profissionais e economias de escala". Há cerca de 10 mil sociedades agrícolas em Portugal e que, embora representam apenas 3,8% do total das explorações, "gerem quase um terço da superfície agrícola utilizada e praticamente metade do efetivo pecuário".
* Quandoo sr. Silva foi primeiro-ministro primou pelo desmantelamento da agricultura e pescas, ordens de Bruxelas a que obedeceu circunspecto. Depois dele nenhum ministro da agricultura percebeu que a terra é o bem mais precioso do país, se houver um terramoto a ganância do imobiliário cai mas a terra fica.
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