Primeiros britânicos condenados por jiadismo
Dois irmãos, de 24 e 30 anos, tornaram-se, esta quinta-feira, nos primeiros britânicos a serem condenados por crimes de terrorismo, após voltarem da Síria, onde se juntaram ao Estado Islâmico contra Bashar al-Assad.
EPA
Hamza (esquerda) e Mohommod Nawaz (direita) condenados pela Justiça britânica
Mohommod e Hamza Nawaz foram condenados a quatros anos e meio e três anos de prisão, respetivamente. Foram os próprios a confessar que ingressaram num campo de treino terrorista sírio no ano passado.Segundo o juiz, os irmãos não planearam ataques em território britânico, nem sequer ficou demonstrado que estiveram na frente de combate, havendo apenas provas da sua participação no campo sírio.
Dinamarca pagou subsídio de desemprego a 28 jiadistas
A Dinamarca pagou subsídios de desemprego a 28 dinamarqueses que estavam na Síria a combater ao lado do grupo Estado Islâmico, segundo dados dos serviços de informações dinamarqueses.
FOTO KAI PFAFFENBACH/REUTERS
Cidade síria de Kobani debaixo de fogo
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Dos 28 cidadãos identificados pelos Serviços de Segurança e Informações (PET) dinamarqueses, 15 foram intimados a devolver o dinheiro, oito continuam sob investigação e cinco casos foram arquivados por falta de provas, segundo o tabloide dinamarquês "BT".Segundo o jornal, os serviços de informações chegaram a estes dados cruzando informações de várias autoridades.
"É extremamente importante que não sejamos ingénuos", disse a ministra da Justiça, Mette Frederiksen, ao jornal.
A Dinamarca tem um dos melhores sistemas de proteção no desemprego, com os beneficiários a receberem até 801 coroas (108 euros) por dia por um prazo que pode chegar aos dois anos.
Alguns dos jiadistas referidos recebiam no entanto quantias significativamente inferiores, segundo o jornal.
A Dinamarca é, proporcionalmente, um dos países ocidentais com mais cidadãos a combater na Síria nas fileiras do grupo radical Estado Islâmico.
Os serviços de informações estimaram em junho que "mais de 100" dinamarqueses foram para a Síria, mas um especialista em Médio Oriente, Naser Khader, considerou que o número deve ser maior.
"O número está a crescer em vários países, por que haveria de ser diferente na Dinamarca?", questionou Naser Khader, numa entrevista ao jornal "Berlingske".
Desde junho, data daquela estimativa, o Estado Islâmico obteve uma projeção crescente e isso, explicou Khader, significa conseguir recrutar mais combatentes.
Na Suécia, os serviços secretos estimam que 300 nacionais tenham viajado para a Síria para combater nas fileiras dos extremistas, em França 400, no Reino Unido 500 e na Alemanha 550.
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