A VERMELHO! - Resposta de uma portuguesa pobre ao famigerado hino da mocidade portuguesa, em pleno Abril de 2014
Cá vou eu, num pranto infindo,
Chegando, chegando enfim,
Ao final de um sonho lindo
Que outro Abril criou pr`a mim…
2
Lá vou eu, já estou sentindo
Que o país se está perdendo
Se, nisto, for persistindo!
3
Ó servilismo letal
Que em roxas névoas te traças,
Vai-te deste Portugal!
4
Crer é querer quando enfrentamos
A astúcia dos nossos amos
Com lucidez, mas com “raça”!
5
Erga-se a voz conturbada
De um povo que se agiganta,
Sopre, ao vento, a bruta infâmia
Dos que, não fazendo nada,
A tornaram permitida
E, com ela, como insânia,
Gente que nunca quebranta,
População revoltada
Por milhares constituída,
Sublevação pela vida!!!
6
Que seja nossa divisa
O que a gente já não tem
Quando, assim, desde as raízes,
Nos tornam gente indecisa
Que é tratada com desdém!
Haja força que nos faça
Lutar pr`a sermos felizes!
7
Crer é querer quando enfrentamos
A astúcia dos nossos amos
Com lucidez, mas com “raça”!!!
Maria João Brito de Sousa – 08.04.2014 – 15.08h
NOTA – Toda a construção formal do poema original foi respeitada, incluindo a métrica e a divisão silábica, bem como o esquema rimático.
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