SEM PAPAS NA LÍNGUA
Os novos partidos que estão a aparecer na cena política portuguesa são o melhor barómetro para detectar imbecis.
Enganando velhos e novos, mesmo aqueles da geração "mais qualificada" os novos partidos de extrema direita ao serem aceites são o retrato real da sociedade portuguesa.
Os que acreditam nestes trafulhas, os que já estupidamente votavam no PS/PSD/CDS vão cair no abismo mais fundo, confiando ingenuamente e de maneira infantil, nos slogans sensacionalistas da diminuição do desemprego, na redução de impostos, na eliminação da emigração e de que os ciganos é que são os culpados da ruína económica do país.
Não foi difícil à direita e ao PS endrominarem o povo ! digo não foi difícil e continuará a não ser enquanto os trabalhadores não se unirem de maneira real e não assumirem a luta constante e concreta pelos seus direitos.
A retórica é bonita mas não traz o pão para a mesa.
Parecem distantes os tempos em que as pessoas liam jornais, tinham o livro na mesa de cabeceira se instruíam e se politizavam.
Agora com o "populismo", com a banha da cobra, com o jornalixo a promover políticos de merda e que ao mesmo tempo que fabrica e publica as maiores mentiras, e se manifesta como puta honrada contra as fakenews, é fácil ouvir nos cafés, nas redes sociais as maiores burrices analisando a política portuguesa.
Ninguém quer ensinar, ninguém quer aprender, ninguém se preocupa em politizar as massas !
É certo que neste clima de alienação, de ausência de honestidade e exagerada vivência consumista, é difícil fazer luz que esclareça quem precisa e anda de olhos tapados.
Só em períodos eleitorais aparecem as intenções e se vivem as espectativas da soma dos votos.
O voto torna-se banal, muitas vezes errado, e não o voto consciente e enraizado nas realidades, nas aspirações legítimas dos cidadãos, ou seja: o que nos ensinou a história, o que nos ensinaram mais de quatro décadas sobre a governação de direita neste país não se traduz nos resultados eleitorais.
Culpas há muitas ! se não as soubermos assumir, se não abrirmos a pestana e ter a humildade de reconhecer os erros, outras décadas mais escuras serão o horizonte para o que resta na vida dos mais velhos e para os que agora novos, se desleixam e tratam a política como secundária não discernindo que isso foi a estratégia da direita para se perpetuarem no poder.
António Garrochinho
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