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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Paisagem ártica surge depois de 40.000 mil anos enterrada no gelo



Uma paisagem ártica canadense, coberta de gelo há mais de 40 mil anos, surgiu recentemente á luz do dia.
Segundo uma nova pesquisa da Universidade do Colorado em Boulder (EUA), este pode ser o período mais quente da região em 115 mil anos.
O estudo utilizou datação por radiocarbono para determinar as idades das plantas recolhidas nas bordas de 30 calotas de gelo na Ilha de Baffin, a oeste da Groenlândia. A ilha teve um aumento de temperatura significativo nas últimas décadas.
Photo Hypesience

As alterações climáticas estão impedindo as plantas de processar o CO2


O Ártico está aquecendo duas a três vezes mais rápido que o resto do globo, então, naturalmente, geleiras e glaciares vão derreter mais rápido”, disse Simon Pendleton, principal autor do estudo, ao portal Phys.org.
A ilha de Baffin é a quinta maior ilha do mundo, dominada por fiordes separados por planaltos a grande altitude e vales profundos. O gelo atua como uma espécie de congelador natural, preservando musgos e líquenes antigos no seu lugar de crescimento original ao longo de milénios.
“Nós percorremos as margens do gelo, coletamos amostras de plantas recém expostas preservadas nessas paisagens antigas e realizamos datação por radiocarbono para ter uma noção de quando foi a última vez que o gelo avançou sobre esse local. Como as plantas mortas são eficientemente
removidas da paisagem, a idade das plantas enraizadas define a última vez em que os verões foram tão quentes, em média, quanto os do século passado”, esclareceu Pendleton.




Os investigadores recolheram 48 amostras de plantas. Também analisaram o quartzo de cada local, a fim de estabelecer ainda melhor a idade e história da cobertura de gelo da paisagem.
Depois que as amostras foram processadas nos laboratórios da Universidade do Colorado e da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA), os cientistas descobriram que as plantas antigas em todas as 30 calotas de gelo estiveram continuamente cobertas por gelo pelo menos nos últimos 40.000 anos.



Quando comparados com dados de temperatura reconstruídos a partir dos núcleos de gelo de Baffin e Groenlândia, as descobertas sugerem que as temperaturas modernas indicam o século mais quente na região em 115.000 anos, e que a ilha de Baffin pode ficar completamente sem gelo nos próximos séculos.
Ao contrário da biologia, que passou os últimos três mil milhões de anos desenvolvendo esquemas para evitar ser afetada pela mudança climática, as geleiras não têm estratégia de sobrevivência”, explicou Gifford Miller, outro autor da pesquisa. “Se os verões são mais quentes, elas imediatamente retrocedem, se são verões são mais frios, elas avançam terreno. Isso faz delas um dos mais confiáveis indicadores nas mudanças de temperatura do verão”.



Fonte//HypeScience

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