Mais do mesmo. É a repetição da ideia de que, para resolver as demoras e outras debilidades causadas por PSD, CDS e mais o PS no SNS, os portugueses, sobretudo os trabalhadores no activo, deviam optar por contratar seguros privados, em alternativa aos descontos que fazemos para a Segurança Social e, no caso da Função Pública, para a ADSE.
Os resultados e os objectivos são claros.
A Segurança Social, a ADSE e o SNS levavam um tiro no porta aviões. Os patrões, com a redução das contribuições sobre os salários, até rejubilavam. Os hospitais privados ganhavam oportunidades de negócios. As seguradoras idem, idem, aspas, aspas.
Perdíamos nós: a nossa saúde ficava com prazo de validade a prazo. Durava até ao surgimento de uma doença crónica ou de tratamento caro. Chegados aí, para a maioria de nós, era o passaporte para uma viagem, sem vinda, à "quinta das tabuletas" ou ao"churrasco mais próximo".
Na altura, a coisa era tão evidente, que ficou em stand by, à espreita de melhor oportunidade.
Ela aí está, pela mão da "Aliança" - da direita com o capital multinacional.
"Os pobres também têm direito ao privado", disse Santana. Só não explicou como. No país real, há muito boa gente que não tem possibilidade de pagar esse "LUXO".
Santana Lopes, tem o meu respeito, apenas por um facto. Logo no arranque, esteve ao seu nível, foi demagogo, deu o peito às balas, abriu o jogo e mostrou ao que vem: entregar a saúde dos portugueses às multinacionais de seguros nas mãos de americanos, chineses e alemães, que dominam o mercado.
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