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Nastasia Urbano foi imagem das maiores marcas, perfumes e capas das mais prestigiadas revistas de moda. Hoje, aos 57 anos, é manchete nos jornais por viver nas ruas de Barcelona e tudo o que lhe resta é o seu cão Jack e a roupa que traz no corpo.
Consuelo (mais tarde mudou para o nome artístico de Nastasia) Urbano nasceu em setembro de 1961 na Suíça, onde vivia com os pais, emigrantes espanhóis, e os dois irmãos. Passavam os verões em L’Ampolla, em Tarragona, e o namorado de então tirou-lhe uma foto na praia e fez chegar a uma agência de modelos.
Ela trabalhava num armazém e voou para Barcelona onde começou como modelo. "Viajava por toda a Europa, chamavam-me de Londres e de Paris para fazer fotos para um catálogo. Era muito requisitada e logo fui para Nova Iorque", contou ao El Periódico de Cataluña. Depois conheceu o célebre fotógrafo Fabrizio Ferri, que a lançou mundialmente.
Círculo íntimo de Jack Nicholson e Jerry Hall
Com apenas 20 anos, Nastasia chegou à Big Apple e assinou contrato com a Ford, a maior agência da época. Foi capa da Vogue e imagem de campanhas como o perfume Opium, de Yves Saint Laurent, Guy Laroche e Revlon. "Vivia como uma rainha", recorda. Consumiu cocaína e muito álcool numa altura em que os excessos eram próprios das estrelas, fez parte do círculo íntimo de Jack Nicholson, Roman Polansky, David Lynch e Andy Wharol e foi convidada para o casamento de Madonna com Sean Penn, em 1985.
Frequentava as festas com a modelo Jerry Hall, Paul Simon y Art Garfunkel ou Melanie Griffith.
Apaixonou-se por um homem 22 anos mais velho que a afastou daquele mundo.
"Era muito possessivo e anulou-me como pessoa", conta. Continuava a trabalhar sem se preocupar com quanto tinha na conta bancária. Ia a Barcelona todos os verões e aos 32 anos, numa dessas viagens, conheceu aquele que veio a tornar-se seu marido.
Mudou-se para Espanha, que em 1992 já tinha uma boa indústria de moda, mas nesse ano casou-se e ficou grávida da filha. Esteve casada sete anos e investiu toda a sua fortuna nos projetos fracassados do marido e nos luxos que ele lhe exigia.
Teve o segundo filho e a partir do ano 2000 começou a cuidar de crianças e a fazer limpezas, mas o que ganhava não chegava para nada. Entretanto, um banco francês contactou-a para a informar que havia uma conta de que nem ela se lembrava. Viveu daquele dinheiro até acabar e ser despejada de uma série de casas por não conseguir podia pagar o aluguer.
Cansada de pedir dinheiro
Há três meses dorme entre os sofás dos amigos e as cabinas de multibanco. "Estou cansada de sobreviver e de pedir dinheiro. As pessoas à minha volta desapareceram.
A minha filha tem ataques de ansiedade por minha causa. Eles são adultos, têm as suas vidas e fazem o que podem por mim, mas não quero incomodá-los", diz. A história de Nastasia Urbano foi revelada pelo El Periódico de Cataluñae dias depois a imprensa internacional, como o britânico Daily Mail, fez eco da notícia.
Na semana passada, um amigo da ex-modelo iniciou uma campanha no portal GoFundMe para ajudar Nastasia a angariar algum dinheiro.
"Uma das top model mais conhecidas dos anos 80 está a passar por uma fase terrível com muitas dificuldades para ter uma vida digna. Não tem onde morar nem dinheiro para as necessidades básicas", lê-se na publicação, que angariou pouco menos de 300 euros.
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