A Autoeuropa é uma importante empresa do sector industrial com um elevado número de trabalhadores e grande peso na economia nacional. Os trabalhadores da Autoeuropa sempre defenderam os seus interesses, e em diversos processos de negociação verificados ao longo dos anos, recorreram a tomadas de posição e formas de luta que travaram ou fizeram recuar medidas que sentiam atingir os seus direitos. Mais uma vez essa intervenção se verifica perante uma proposta de alteração dos horários de trabalho, questão particularmente sensível, uma vez que afecta a possibilidade de os trabalhadores continuarem a ter direito ao fim de semana, dificultando a organização da sua vida pessoal e familiar. A proposta da administração não garante o sábado como dia de descanso e apenas permite que um trabalhador tenha um fim de semana seguido de seis em seis semanas. Na Autoeuropa o trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados foi sempre considerado como trabalho extraordinário e pago como tal. É por isso natural que os trabalhadores tomem posição sobre esta questão e defendam os seus direitos. É isto que está em causa e cabe aos trabalhadores e às suas organizações representativas definir as suas posições e formas de luta, como se verifica com os plenários realizados e com a greve de hoje. Tal como os trabalhadores têm afirmado é necessário encontrar soluções que permitam responder à defesa dos seus direitos e ao desenvolvimento da produção nesta empresa.
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