Para a comunicação social portuguesa e opinion makers em peso, desde que uma empresa invista no país e “crie” emprego, pode fazer o que bem lhe apetecer com os seus trabalhadores, inclusivamente forçá-los a trabalhar aos sábados por menos retribuição salarial e a proibir que desfrutem dessa autêntica benesse que é ter dois dias de descanso consecutivos.
Esta é a lógica. Os fins das empresas justificam todos os meios. Não existem quaisquer normas de tratamento das pessoas que trabalham. As pessoas, a sua saúde, devem ser colocadas indiscriminadamente ao dispor e subjugadas à obtenção dos lucros da burguesia.
Como podemos evoluir enquanto povo, enquanto sociedade, com gente desta a opinar e a inundar os ecrãs das televisões e as páginas dos jornais? Como poderemos ter um mundo mais justo, mais equilibrado, com melhor qualidade de vida e mais pacífico?
Não podemos.
O que fazemos é, pelo contrário, regredir a largos passos para os tempos do século XIX.
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