AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

poesia:António Garrochinho


ai que inveja
que brotoeja
me dá ver outros entender
discutir, não concordar, desobedecer
dar a cara, não esconder o nome
e quem à janela se assome
e em cusca passar a vida
sempre de língua fodida
para tudo criticar
e nunca para si olhar
não fazendo a auto crítica
massa encefalica paralítica
desprezo por tudo e por todos
e dizer ser inteligente a rodos
no mundo só ele existir
e nem sequer merecer cá vir
quem assim é e vegeta
sempre a querer cortar a meta
ser o melhor do mundo
e por fim bater no fundo
como qualquer tolo, ignorante
que não pára um instante
de ser o centro do universo
ser estúpido e perverso
que inveja que brotoeja
odiar quem sabe e quem veja
as voltas que o mundo dá
e sentar-se no sofá
na cara com uma vareja.


António Garrochinho

Sem comentários: