Os riscos da escravidão moderna aumentaram em quase três quartos, nos 28 estados membros da União Europeia (UE) no último ano, revela um estudo anual da consultora Verisk Maplecroft.
De acordo com a segunda edição do Índice de Escravidão Moderna (MSI), os cinco países da UE que mais aumentaram o risco são a Roménia, a Grécia, a Itália, Chipre e a Bulgária – pontos de entrada para os migrantes. O estudo avaliou 198 países, com base na força das suas leis, a eficácia das suas aplicações e a gravidade das violações, e os resultados mostram que houve uma cada nas pontuações de dois países da UE.
O relatório não tem como objetivo calcular a prevalência de escravidão, mas sim apontar o risco de um negócio utilizar trabalhadores em más condições.
A situação da escravidão na Roménia é considerada como uma deterioração pior do que qualquer outro país, com a queda de 56 lugares no ranking, para o 66º lugar. A Roménia e a Itália (133º), que caiu 16 lugares, têm as piores violações na UE, incluindo formas severas de trabalho forçado, como escravidão e tráfico.
Segundo o estudo, Portugal é um dos países onde o risco do aumento de escravidão moderna é uma realidade, assim como no Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Suécia e Polónia (no mapa a cor laranja).
De acordo com a Verisk Maplecroft, a presença de migrantes vulneráveis nestes países de chegada é um dos principais fatores para o aumento da escravidão em vários setores da região, como agricultura, construção e serviços.
A China, classificada em 21º lugar no índice, permanece firmemente enraizada entre os países com o pior desempenho na categoria “risco extremo”. A Coreia do Norte, a Síria, o Sudão do Sul, o Iémene, a República Democrática do Congo, o Sudão, o Irão, a Líbia, a Eritreia e o Turquemenistão são classificados pelo Índice de Escravidão Moderno como sendo o maior risco de todos os países medidos.
País | Ranking (1=pior) |
---|---|
Coreia do Norte | 1 |
Síria | 2 |
Sudão do Sul | 3 |
Estados Unidos | 135 |
Reino Unido | 180 |
Alemanha | 184 |
Andorra | 198 |
www.jornaleconomico.sapo.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário