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sábado, 21 de maio de 2011

um dia virá um dia...

Os dedos partem antes de chegar ao coração.
As palavras caem na língua enrrolada.
É deste impulso contido que nasce a vontade de saber onde estás,
em que cama te deitas,
qual a forma do teu corpo enrrolado no sofá,
qual a expressão dos teus olhos.

Tenho os braços embranhados no teu silêncio,
as pernas de encontra o teu sentir,
e no desejo de abraço que tenho de te dar
em forma de corpo inteiro que te quer aninhar.

Os corpos quentes unidos,
encaixam-se submersos no imaginário do que quase passa a ser impossivel de acontecer...

Escapa a pele do tecido que a protege,
as mãos prendem-se nas costas nuas,
percorre o tronco em sentido ascendente
e firme no teu pescoço respiro-te o cheiro com a boca saudosa,
a pele dessa terra é fértil de prazer.

Esqueço-me de qualquer explicação que possa nos separar
e acordo nesta cama que ampara a vontade de saber onde estás.

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