Se o fado é a música que canta o destino dos portugueses, a crise parece ser o nosso fado. Nada melhor que colocar o fado a resolver a crise. Perceberam? Vamos explicar, a crise, de que toda a gente fala, baixa o moral de qualquer equipa de trabalho. As pessoas tendem a ficar menos tolerantes e o ambiente mais tenso. Isabel Salema, consultora de gestão, sabe isso, e pensou em soluções de "liderança em tempos de crise". O mais curioso foi tê-las encontrado no fado.
"Tem a ver também com a candidatura do fado a Património Mundial da Humanidade" diz, enquanto nos explica os dois projectos que envolvem patrões, empregados e a música mais portuguêsa: "Be the voice" e "Fado com todos".
Nenhum destes projectos tem mais de seis meses. O primeiro é um plano ambicioso - criar fado na empresa. No dia do workshop, os funcionários são divididos em pequenos grupos, cada um com o objectivo de escrever uma quadra sobre o que o atormenta no trabalho.
A regra dita que as chefias componham um refrão de resposta, normalmente centrado na principal reclamação do grupo. O método, pouco ortodoxo, tem sido um sucesso. "Finalmente as pessoas desabafam. Sem ofender nem magoar", descreve Isabel Salema. O grau de liberdade dado para a letra da canção está directamente relacionado com a cultura da organização da empresa, mas há bastantes exemplos em que são referidos problemas específicos e concretos, sem papas na língua", conta. "Como os colaboradores queixarem-se que não se sentem à vontade quando levam um grito à frente de clientes."
Entre os grupos que já passaram por esta experiência estão a Caixa Geral de Depósitos, a Novartis e a Santa Casa da Misericórdia. O principal desafio é saber se o bom ambiente não começa e acaba no dia do workshop. "Não", garante a consultora, que acompanha de perto estes grupos de trabalho há vários anos. "A comunicação entre o pessoal da empresa altera-se radicalmente depois deste trabalho em grupo. Na generalidade, acaba-se com o ambiente de burburinho irritante e aumenta-se a fluidez da comunicação nas empresas."
No final todos saem a ganhar, voltando as empresas a repetir a iniciativa passado um tempo.
Nada disto ficaria completo sem a participação do fadista Salvador Taborda, que assegura a consistência musical de quem quer escrever e cantar. É ele também que ajuda Isabel Salema no outro workshop de motivação para o trabalho, o "Fado com todos". Desta feita, sem a parte engenhosa da criação de letras. "É quase um karaoke ao vivo", descreve a consultora. "Neste caso o objectivo é outro: desenvolver competências. Combate-se o medo à exposição pública e fala--se de técnicas de palco." No final, a sensação deve ser a de que as capacidades não se esgotam na carreira. Privilegia-se mais uma vez as relações do grupo de trabalho, que no final saem fortalecidas por esta partilha. O que todas as pessoas querem é cantar", conclui a consultora.
"Tem a ver também com a candidatura do fado a Património Mundial da Humanidade" diz, enquanto nos explica os dois projectos que envolvem patrões, empregados e a música mais portuguêsa: "Be the voice" e "Fado com todos".
Nenhum destes projectos tem mais de seis meses. O primeiro é um plano ambicioso - criar fado na empresa. No dia do workshop, os funcionários são divididos em pequenos grupos, cada um com o objectivo de escrever uma quadra sobre o que o atormenta no trabalho.
A regra dita que as chefias componham um refrão de resposta, normalmente centrado na principal reclamação do grupo. O método, pouco ortodoxo, tem sido um sucesso. "Finalmente as pessoas desabafam. Sem ofender nem magoar", descreve Isabel Salema. O grau de liberdade dado para a letra da canção está directamente relacionado com a cultura da organização da empresa, mas há bastantes exemplos em que são referidos problemas específicos e concretos, sem papas na língua", conta. "Como os colaboradores queixarem-se que não se sentem à vontade quando levam um grito à frente de clientes."
Entre os grupos que já passaram por esta experiência estão a Caixa Geral de Depósitos, a Novartis e a Santa Casa da Misericórdia. O principal desafio é saber se o bom ambiente não começa e acaba no dia do workshop. "Não", garante a consultora, que acompanha de perto estes grupos de trabalho há vários anos. "A comunicação entre o pessoal da empresa altera-se radicalmente depois deste trabalho em grupo. Na generalidade, acaba-se com o ambiente de burburinho irritante e aumenta-se a fluidez da comunicação nas empresas."
No final todos saem a ganhar, voltando as empresas a repetir a iniciativa passado um tempo.
Nada disto ficaria completo sem a participação do fadista Salvador Taborda, que assegura a consistência musical de quem quer escrever e cantar. É ele também que ajuda Isabel Salema no outro workshop de motivação para o trabalho, o "Fado com todos". Desta feita, sem a parte engenhosa da criação de letras. "É quase um karaoke ao vivo", descreve a consultora. "Neste caso o objectivo é outro: desenvolver competências. Combate-se o medo à exposição pública e fala--se de técnicas de palco." No final, a sensação deve ser a de que as capacidades não se esgotam na carreira. Privilegia-se mais uma vez as relações do grupo de trabalho, que no final saem fortalecidas por esta partilha. O que todas as pessoas querem é cantar", conclui a consultora.
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