PSD regional: a fome de poder iludindo a verdade.
Como as sondagens indiciam, o aristocrata da política, Mendes Bota, poderá passar a ser a primeira voz do Algarve. A acontecer, acabará o limbo da segregação cavaquista que dirigiu o partido e o relegou para a menoridade das supostas capacidades…
Enquanto segundo e oposição passeou-se sobre os problemas, atacou e defendeu-se dos adversários, dividiu-se em propostas irrelevantes e retóricas de ocasião, queixou-se de promessas não cumpridas pelos outros, as mesmas que estiveram na agenda laranja.
Sem qualquer relevância nos seus mandatos regionais e deputado pela região, descontando a cobertura ao endividamento das Câmaras da cor e em nada diferente da linha do dito partido socialista, a matéria em destaque na sua postura é o seu posicionamento sobre as portagens.
Da transpiração de opositor de rua à aprovação “forçada” das portagens no parlamento, mediaram bons anos de emprego político. De oposicionista sem resultados para a população que o elegeu, uma das tábuas de salvação - a regionalização -, como primeiro subscritor do “Regiões Sim”, rapidamente passou estrategicamente à adaptação da nova vaga de poder no partido, em que este tema não era prioridade e poderia prejudicar a ânsia de ajudar o Algarve a ter uma voz ou até uma presença governativa, de preferência a dele.
Para salvar o essencial, a missão de serviço ao país pelo exercício do poder central, levou o futuro primeiro deputado a aceitar as cedências sobre duas matérias reivindicativas regionais – as portagens de larga contestação e a regionalização de que muitos desconfiam.
O PSD regional, eterno confidente do centralismo na história da democracia burguesa representativa (?!) manteve-se, com nuances, fiel aos interesses centrais do partido. A sucessão de líderes e o seu protagonismo condicionaram sempre os comportamentos regionais, incapazes de definirem um quadro de reivindicações próprias e alcançáveis. A Mendes Bota não faltaram oportunidades para protagonizar a revolta…, pondo os interesses dos algarvios acima de todos os outros. Fundamentalmente a questão das portagens, numa segunda fase do ciclo democrático e com as suas contradições em ascensão, é um tema de grande unidade transversal. Mendes Bota percebe-o mas não resistiu. Condenou-se e mostrou a face!
A sua eleição, na onda generalizada de protesto sobre as políticas de abandono do Algarve governadas pelo PS, o seu chefe Sócrates e quejandos regionais, garante-lhe um sucesso conjuntural e não alcançado! Mas não é de sucesso pessoal que os algarvios querem ouvir falar. Os problemas regionais estão ao rubro e exigem soluções, que a assinatura conjunta das exigências externas não contempla num futuro Governo
Mendes Bota, incorpore ou não um futuro Governo (cereja antiga no bolo do ego), sabe muito bem que os votos conseguidos são pedras de arremesso sobre as promessas de longo curso. O PSD não escapa ao crivo da sua gestão para interesses locais, goza da conjuntura e não da diferenciação… esperando voltar a ser a alternativa, conseguida de forma oportunista sobre o profundo descontentamento dos algarvios.
Sobre o seu substituto na direcção regional do partido, ainda não saiu (tantos são os problemas) do âmbito local… tirando a lealdade ao líder… e de novo os interesses de capela.
A felicidade do PSD e a pressa pelas capelinhas… ainda conta com uma grande falta de consciência política dos algarvios… e com custos agravados…
Luís Alexandre
Enquanto segundo e oposição passeou-se sobre os problemas, atacou e defendeu-se dos adversários, dividiu-se em propostas irrelevantes e retóricas de ocasião, queixou-se de promessas não cumpridas pelos outros, as mesmas que estiveram na agenda laranja.
Sem qualquer relevância nos seus mandatos regionais e deputado pela região, descontando a cobertura ao endividamento das Câmaras da cor e em nada diferente da linha do dito partido socialista, a matéria em destaque na sua postura é o seu posicionamento sobre as portagens.
Da transpiração de opositor de rua à aprovação “forçada” das portagens no parlamento, mediaram bons anos de emprego político. De oposicionista sem resultados para a população que o elegeu, uma das tábuas de salvação - a regionalização -, como primeiro subscritor do “Regiões Sim”, rapidamente passou estrategicamente à adaptação da nova vaga de poder no partido, em que este tema não era prioridade e poderia prejudicar a ânsia de ajudar o Algarve a ter uma voz ou até uma presença governativa, de preferência a dele.
Para salvar o essencial, a missão de serviço ao país pelo exercício do poder central, levou o futuro primeiro deputado a aceitar as cedências sobre duas matérias reivindicativas regionais – as portagens de larga contestação e a regionalização de que muitos desconfiam.
O PSD regional, eterno confidente do centralismo na história da democracia burguesa representativa (?!) manteve-se, com nuances, fiel aos interesses centrais do partido. A sucessão de líderes e o seu protagonismo condicionaram sempre os comportamentos regionais, incapazes de definirem um quadro de reivindicações próprias e alcançáveis. A Mendes Bota não faltaram oportunidades para protagonizar a revolta…, pondo os interesses dos algarvios acima de todos os outros. Fundamentalmente a questão das portagens, numa segunda fase do ciclo democrático e com as suas contradições em ascensão, é um tema de grande unidade transversal. Mendes Bota percebe-o mas não resistiu. Condenou-se e mostrou a face!
A sua eleição, na onda generalizada de protesto sobre as políticas de abandono do Algarve governadas pelo PS, o seu chefe Sócrates e quejandos regionais, garante-lhe um sucesso conjuntural e não alcançado! Mas não é de sucesso pessoal que os algarvios querem ouvir falar. Os problemas regionais estão ao rubro e exigem soluções, que a assinatura conjunta das exigências externas não contempla num futuro Governo
Mendes Bota, incorpore ou não um futuro Governo (cereja antiga no bolo do ego), sabe muito bem que os votos conseguidos são pedras de arremesso sobre as promessas de longo curso. O PSD não escapa ao crivo da sua gestão para interesses locais, goza da conjuntura e não da diferenciação… esperando voltar a ser a alternativa, conseguida de forma oportunista sobre o profundo descontentamento dos algarvios.
Sobre o seu substituto na direcção regional do partido, ainda não saiu (tantos são os problemas) do âmbito local… tirando a lealdade ao líder… e de novo os interesses de capela.
A felicidade do PSD e a pressa pelas capelinhas… ainda conta com uma grande falta de consciência política dos algarvios… e com custos agravados…
Luís Alexandre
A defesa da cidade
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