José Sócrates lamentou a manifestação, que ocorreu quinta-feira à noite contra o Governo, nas imediações do comício socialista em Faro, considerando que “são pessoas que não sabem respeitar o direito de reunião por parte dos partidos”.
O líder do PS/Algarve, Miguel Freitas, também considerou que os manifestantes anti-Governo “insultaram e provocaram” as pessoas que se juntaram no comício socialista de Faro e não respeitaram a lei, já que se encontravam a curta distância do comício.
José Sócrates fez estas declarações depois de um jornalista da SIC ter colocado uma pergunta, no momento em que entrava no carro para sair de Faro, antes ainda da PSP ter detido um dos manifestantes e de se ter registado confusão, com empurrões e cotoveladas, entre apoiantes socialistas e manifestantes.
Para José Sócrates, a manifestação realizada à porta do seu comício foi própria de pessoas que “não sabem o que é a democracia, nem o direito de manifestação por parte dos partidos”.
“Acho absolutamente lamentável o que aconteceu. Enfim, é gente a quem a democracia deu direitos, mas que não sabem usá-los”, afirmou, em declarações à SIC.
Já em conferência de imprensa, o líder distrital Miguel Freitas criticou também as “provocações e insultos”. “Registaram-se acontecimentos reprováveis durante o comício do PS. Houve uma dezena de pessoas que se manifestaram e, mais do que isso, interferiram no comício do PS com provocações e insultos”, acusou o deputado socialista.
Na perspetiva de Miguel Freitas, o PS “reprova este comportamento, porque não é adequado ao combate democrático”.
“A culpa foi de quem fez uma provocação e um insulto ao PS, que se reuniu democraticamente num comício com mais de mil pessoas. Mas um conjunto de cidadãos, que estão identificados com um movimento na região – e que fizeram um apelo ao voto em alguns partidos -, teve um comportamento reprovável”, disse Miguel Freitas.
Miguel Freitas recusou-se depois a esclarecer a que partido esses manifestantes apelaram ao voto, mas militantes socialistas disseram aos jornalistas que alguns desses manifestantes estavam a apoiar o PSD.
Em relação aos movimentos envolvidos nos protestos, o líder do PS/Faro apontou um deles: o que protesta contra a cobrança de portagens na Via do Infante, a A22.
Miguel Freitas considerou no entanto que a questão do apelo ao voto dos partidos, ou a questão das ligações dos manifestantes a movimentos, “não é a parte essencial do que se passou”.
O líder do PS/Faro sustentou ainda que os manifestantes não respeitaram a lei, porque se encontravam a bem menos do que 150 metros do local onde se realizou o comício do PS.
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