Quinta-feira, 26 de Maio de 2011
Pedro Passos Coelho – Um agente infiltrado?
Um pouco na linha das “dúvidas” que assaltam o Vítor Dias, no seu “O tempo das cerejas”, também eu pasmo perante o extraordinário brilho com que Pedro Passos Coelho faz propostas e o não menos extraordinário embaraço com que tem, constantemente, que as emendar, explicar, desmentir...
Esta última iniciativa “kamikaze” de querer voltar atrás na questão da Interrupção Voluntária da Gravidez, propondo mesmo um novo referendo... e horas depois já dar o dito por não dito, "não é bem assim, não sei, talvez... depois falamos" é, no mínimo, mais uma rajada de tiros nos pés. O aspecto asqueroso da questão é isso ser “proposto” apenas para tentar garantir um míseros votos à sua direita, nas hostes mais conservadoras do CDS, do próprio PSD... e daquelas senhoras (independentes) do PS (e quem representam dentro do partido) que, diga-se de passagem, parecem ser uma fonte de inspiração para Passos Coelho, atendendo a que para além desta “corajosa” proposta sobre a IVG, também já o convenceram a, tal como elas, “atacar” os feriados, coisa que, como vimos há tempos, também mobiliza fortemente as tais senhoras (independentes) do PS.
Perante tanto zig-zag, tanta inépcia, tanto ruído para esconder a sombria realidade de ambos, PSD e PS (mais o CDS) terem exatamente o mesmo programa político a cumprir, depois de se terem agachado perante a “troika”, pergunto:
Pedro Passos Coelho será mesmo um “indigente político”, será apenas mais um neoliberal com muita falta de jeito para acertar ao menos uma no cravo... ou será mesmo pago secretamente pelo PS, para ajudar a garantir a reeleição a José Sócrates?
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