Domingo, 22 de Maio de 2011
S.O.S.Ria Formosa. Existe protecção da Ria Formosa?
Ria Formosa: Criação do Parque natural agravou problemas
22-05-2011
O excesso de burocracia, a falta de dragagens e a poluição são os problemas que mais se agravaram desde a criação do Parque Natural da Ria Formosa, em 1987, acusa Américo Custódio, presidente de uma associação local de viveiristas.
Os cortes orçamentais e a redução de funcionários também não trazem boas perspetivas para a conservação daquele sistema lagunar situado entre a Quinta do Lago e Cacela Velha, considera o dirigente da Vivmar.
"O parque não tem meios financeiros, técnicos e humanos para gerir grande parte dos assuntos que tem em mãos", refere Américo Custódio à Lusa, sublinhando que a estrutura é neste momento "uma casa desarrumada".
O parque - que abrange cinco concelhos e 60 quilómetros, ao longo dos quais se estende um cordão de ilhas e penínsulas arenosas -, foi criado há 23 anos, detendo anteriormente o estatuto de reserva natural, instituído em 1978.
É na Ria Formosa que nasce e se desenvolve boa parte do marisco e dos bivalves comercializados na região, sobretudo na área do Sotavento, entre ostras, amêijoas, berbigões e lingueirão.
Para o líder da Associação de Viveiristas e Mariscadores da Ria Formosa (Vivmar), a situação da ria "está pior" desde que o parque foi criado, havendo agora mais poluição e mortandade das espécies e maior degradação dos canais.
"A única coisa boa que aconteceu foi a proibição da caça dentro da ria", esclarece, antevendo que a redução dos orçamentos para as entidades públicas vai "dificultar ainda mais" a gestão da ria.
Em declarações à Lusa, Nélia Alfarrobinha, da Quercus/Algarve, reconhece que o núcleo da organização ambientalista a que pertence recebe "imensas queixas" da população, que por vezes se depara com "dejetos a boiar na ria".
"Há falta de meios financeiros para manter e continuar as ações iniciadas há alguns anos", refere a ambientalista, que lamenta que o parque esteja "numa situação crítica", pois assim também não consegue implementar ações.
Para Nélia Alfarrobinha, a melhoria na gestão da Ria Formosa poderia passar por uma reestruturação do plano de ordenamento do parque de forma a resolver os problemas que afetam sobretudo os viveiristas, que sobrevivem da ria.
Já Américo Custódio defende a extinção de alguns dos organismos que tutelam a ria, que são neste momento cerca de cinco, o que causa ainda maior desorganização.
"Não existe o cadastro dos viveiros existentes na ria, não se sabe ao certo quantos são nem quem são os proprietários", conclui.
A Lusa tentou obter uma reação da direção do Parque Natural da Ria Formosa mas tal não foi possível até ao momento.
Nota do Olhão Livre: Esta Noticia foi retirada do Observatório do Algarve.
Quem conta a verdade não merece castigo, mas quem oculta a verdade devia de responder,na justiça, por ocultar todos os crimes que se fazem contra a natureza e a Biodiversidade na Ria Formosa, e contra as cerca de 10 000 pessoas que dependem da Ria directa ou indirectamente.
O Olhão Livre tem denunciado uma série de crimes, que se passam na Ria Formosa desde a poluição que cada vez é maior, a introdução de espécies exóticas, que são altamente invasoras, como a amêijoa Japónica e a ostra Crassostrea Gigas( importadas de Espanha e França), a falta de dragagens pontuais e não de 10 em 10 anos como se tem tornado habito fazer, a aprovação de projectos urbanísticos , a grupos poderosos ou a amigos do regime,em terrenos do Domínio Público Maritimo. Mais s grave ainda é que Polis Ria Formosa que devia ser um programa de renaturalização da Ria Formosa tenha estado a servir para crimes ambientais, que nos últimos anos a ARH através do programa Polis Ria Formosa,e usando dinheiros públicos tem levado a cabo, sem estudos nenhuns, e outros encomendados a pedido e fora de horas. Dentro dessas obras criminosas, estão: 1º Fecho da Barra da Fuzeta, que a natureza abriu, e que o Polis fechou contrariando assim o ciclo natural das Barras na Ria Formosa, recorrendo a um desmesurado numero de máquinas pesadas, usados nas dragagens no leito da Ria e no transporte de areias de um lado para o outro usando veículos pesados , que destruíram tudo à sua passagem no frágil cordão dunar na Ilha da Armona em frente à Fuzeta.
2º destruição de grande parte da Península de Cacela com a abertura de uma nova Barra no frágil cordão dunar da Ria Formosa, abertura essa, feita a pedido e sem estudos nenhuns, levando à destruição da biodiversidade daquela sensível zona protegida, devido ao assoreamento provocado, pela abertura dessa nova Barra.
3ºAbertura de uma nova Barra da Fuzeta, foi feito o mesmo tipo de destruição, do cordão dunar agravado pelo aumento do Nº de máquinas,que deixaram aquele local do cordão dunar, sem manto vegetal, sendo a obra de uma ineficácia total pois passados 2 dias da inauguração o IPTM deu a Barra como impraticável à navegação,deixando assim 62 embarcações,registadas na Fuzeta, sem segurança para exercerem o seu modo de vida.
4º Fecho da antiga barra da Fuzeta que fecharia naturalmente se não tivessem fechado a barra aberta pela natureza, Mais maquinaria em cima do cordão dunar e mais dragagens sem estudos levando à destruição,de milhares de m2 das tão agora propaladas, pradarias marinhas.
A todas essas obras, crimes ambientais, e urbanísticos, que contrariam o plano de ordenamento do PNRF, o director do PNRF, assiste impávido e sereno, será que não tem conhecimento desses crimes? Ou está lá precisamente para estar calado, e esperar pelo fim do mês, para que o ordenado lhe caia da conta.
A seguir por este caminho, quantos anos vai resistir a frágil Biodiversidade da Ria Formosa, e que futuro reserva às 10 000 pessoas que dependem dela, neste momento já a lutar pela sobrevivência?
Olhão Livre
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