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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O quarto poder


O outro lado da liberdade de expressão
A
queles que dirigem e controlam a imprensa escrita e audiovisual não se cansam de proclamar enfaticamente que a comunicação social é o garante das liberdades cívicas, desde que desfrute de uma liberdade de expressão absoluta. É verdade que a liberdade de nos informarmos e de informar, constitui um travão para os que ostentam o poder. Mas essa liberdade, por sua vez, constitui uma forma de poder que pode degenerar e tornar-se manipuladora.
































Na realidade, a possibilidade de nos podermos expressar publicamente, é apenas de alguns, quase sempre profissionais da política e do jornalismo. A maioria dos cidadãos vêem-se reduzidos ao papel de leitores, radiouvintes e telespectadores. Apenas alguns têm a oportunidade de expor as suas opiniões por escrito. Ainda que os jornais reservem um espaço próprio para os leitores, na secção Cartas do Director. Mas até mesmo esta ínfima possibilidade de nos fazermos ouvir, depende da decisão do jornal e não do autor da carta. Valha-nos agora os blogs!
Sendo assim, em caso de polémica, este desequilíbrio entre o poder da imprensa e a multidão de cidadãos que carecem de meios de comunicação próprios, torna-se abismal e mesmo dramático. Os recursos de um jornal para fazer sentir a sua prepotência a quem se vê encurralado numa controvérsia são tão poderosos que, falar de liberdade de expressão é uma ironia. És atacado por um jornal e pedes direito de réplica. Concedem-no, fazendo alarde de liberalismo. Mas tardam em publicar a tua posição, mutilam-na e situam-na num espaço pouco destacado e, ao lado, até lhe colocam um artigo adverso… Entre o caçador e a presa há menos diferença quanto ao poder de atacar e defender-se, que entre um jornal e um cidadão que se enfrenta com alguém poderoso ou afecto ao mesmo.
A imprensa escrita e audiovisual exerce actualmente um verdadeiro “colonialismo da opinião pública”. Orienta o povo conforme as sentenças da sua forma de pensar. Para isso, selecciona os seus colaboradores, filtra as notícias, converte as informações em interpretações e comentários, destaca os dados que favorecem a sua própria posição ou prejudicam a imagem do adversário ideológico. Basta confrontar dois jornais de orientação diversa para verificar de que formas tão distintas se pode interpretar um mesmo acontecimento. A objectividade da notícia é parcial e está condicionada pela linha de um grupo ou do próprio jornalista. As notícias que nos chegam, independentemente de escritas, orais ou visuais, não apresentam o facto ocorrido mas sim a modificação/alteração necessária para cumprir com um determinado objectivo: o político. Hoje em dia a informação converteu-se num instrumento de poder e consegue atrair a opinião da sociedade, influenciando-a de uma forma voraz. É um elemento de manipulação através do qual se defendem diversas posturas e ideologias, um elemento que incide na nossa maneira de pensar, inconscientemente.
Depois do poder executivo, legislativo e judicial, temos o quarto poder: a informação (nas mãos de alguns privilegiados), que tem como finalidade informar e como objectivo, levar essa informação à sociedade.
Na minha opinião, considero que hoje em dia, todos os meios de comunicação têm demasiada influência na nossa maneira de pensar, atacam-nos, manipulam-nos, violam a intimidade dos mais mediáticos, etc… tudo para obter um pouco de glória, porque afinal são o quarto poder. Os meios de comunicação, actualmente, fazem o que lhes dá na gana, não têm regras… apenas um montão de informação, crê-la ou não, é da nossa conta.





abafosedesabafos1.blogspot.com

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