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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

EUA: Os testes nucleares realizados pelo Pentágono entre 1951 e 1958 em seu território causaram mais mortes que as bombas de Hiroshima e Nagasaki






 A cientista Keith Meyers, da Universidade do Arizona, confirma, através de um estudo, que os testes nucleares atmosféricos realizados pelo governo norte-americano no polígono de provas de Nevada entre 1951 e 1958 causaram uma contaminação radioativa que provocou a morte de até 695 mil pessoas. A conclusão se baseia em análises dos padrões de mortalidade dos estadunidenses naquele período.



A referida cientista descobriu que o leite produzido nas imediações continha concentrações dos isótopos do iodo radioativo I-131. Segundo suas estimativas, o consumo de leite contaminado causou o falecimento  de entre 395 mil e 695 mil pessoas entre os anos de 1951 e 1973.



Ao que parece, a contaminação radioativa não se limitou às àreas próximas ao polígono de testes em Nevada, já que ela também foi registrada em distintas partes do país. Meyers revela em seu estudo  que “as maiores repercussões à saúde apareceram em áreas muito mais além daquelas onde foram realizados prévios estudos científicos e médicos.”



A cientista assinala que em trabalhos anteriores, analizaram as sequelas dos testes nucleares na saúde dos resisdentes nos estados de Nevada, Arizona e Utah, mas que o maior impacto nos índices de mortalidade não foi registrado na região em torno da área de testes nucleares, mas sim em zonas com níveis moderados de contaminação no interior dos EUA. 



O estudo diz: “Durante a Guerra Fria, os EUA detonaram centenas de bombas atômicas no polígono de provas nucleares de Nevada. Muitas dessas provas foram realizadas a grande altitude e liberaram enormes quantidades de contaminação radioativa na atmosfera. Esse trabalho combina um novo conjunto de dados que compara os padrões anuais de chuva radioativa nos diversos condados dos EUA com os registros estatísticos de mortalidade. Os resultados mostram que as conseqüências dos testes nucleares levaram a um aumento persistente e substancial da mortalidade global em grande parte do país.” 



A conclusão da pesquisadora é que “o número acumulado de mortes adicionais atribuíveis a esses testes é comparável ao dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki”.



Nos anos 50, as pessoas em geral  não estavam a par dos perigos representados por isso, e os diversos departamentos governamentais dos EUA(como o Serviço Público de Saúde ou a Comissão de Energia Atômica) se dedicavam a minimizar esses efeitos secundários dos testes atômicos. Contudo, os novos dados do estudo de Meyers podem demonstrar que esses efeitos não eram de magnitude desprezível, muito antes pelo contrário.  




Com os testes atômicos subterrâneos, consegue-se eliminar em grande parte esse efeito de dispersão de chuvas radioativas, embora elas não seja eliminadas totalmente. O último teste nuclear em Nevada realizado pelos EUA foi o da bomba Divider, em 1992, há mais de 25 anos.



gilsonsampaio.blogspot.pt

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