O mito dos gurkas, nome oriundo de Gorkha - o distrito do Nepal de onde saíram os primeiros soldados que lutaram em fileiras estrangeiras -, nasceu no século XIX, depois que as tropas britânicas derrotaram em 1815 as nepalesas. Apesar de derrotados, os soldados do Nepal causaram uma forte impressão nos oficiais britânicos, que fizeram o máximo para obter o apoio das tropas do país asiático, a maioria formada por gurkas, para vencer a Índia em 1857, na Revolta dos Cipaios.
Integrados ao exercito britânico, os gurkas conquistaram fama internacional na Primeira e Segunda Guerras Mundiais, quando tornaram famosos o "khukri", a típica faca curva usada pelo grupo, e seu grito de batalha: "Aayo Gorkhali" (aqui vêm os gurkas). Posteriormente, participaram da Guerra das Malvinas, realizada em 1982 entre o Reino Unido e a Argentina para disputar a posse do arquipélago situado no Atlântico.
Com suas origens que remontam aos tempos antigos, o Kukri não é apenas a faca nacional do Nepal, mas também simboliza o soldado Gurkha, uma propriedade privilegiada com a qual ele indeformou uma identidade indelevelmente.
A impressionante vanguarda do Kukri foi experimentada pela primeira vez pelos britânicos na Índia, que tiveram que enfrentá-lo nas batalhas bem documentadas desde 1814, enquanto combatiam o exército de Gorkha, no oeste do Nepal.
Assim nasceu a lenda e o romance. No aperto do soldado de Gurkha, este pedaço aparentemente pequeno de aço curvo torna-se uma arma incrivelmente ameaçadora com a qual ele demonstrou feições raras de bravura enquanto enfrentava o inimigo em muitos campos de batalha.
O Gurkha e o seu Kukri estão incompletos sem o outro. Juntos, eles ganharam sua fama, o que nunca pode ser esquecido. No Nepal, os Gurkhas e os Kukri são inseparáveis.
Lâminas kukris geralmente têm um entalhe (chamado de kauda, kaudi, kaura ou cho) na base da lâmina. Várias razões são dadas para isso, prático e cerimonial: que faz o sangue ou a seiva deixar a lâmina em vez de correr para o punho e penetrar na empunhadura, comprometendo a ação.
A bainha de uma faca kukri, habitualmente de madeira revestida em couro, comporta – na parte traseira – duas (ou eventualmente mais) outras pequeninas facas, normalmente usadas para tarefas diárias, onde lâminas de maior tamanho não seriam adequadas.
Lendas se formaram em torno das campanhas Gurkas, uma delas é seu grito de guerra, que segundo a lenda causa pavor nos inimigos: "Jai Mahakali, Ayo Gorkhali" (lit. "Glória à deusa da guerra, aqui vão os gurkhas!").
Exemplar feito durante a Primeira Grande Guerra e
também utilizado na Segunda Guerra Mundial.
É também uma parte do armamento regimentais e heráldica do The Royal Gurkha Rifles.
Coleção de exemplares pré-Primeira Guerra:
Coleção de exemplares da Primeira Guerra:
Coleção de exemplares da Segunda Guerra Mundial
(Notem os 2 fixadores da punhadura)
museudavitoria.blogspot.pt
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