Em entrevista à TSF, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, prefere passar ao lado da troca de palavras entre PSD e PS.
Se os socialistas dizem encontrar agora, no PSD, "um interlocutor seguro, com continuidade e previsibilidade" e o PSD, com Rui Rio, surge mais disposto a entendimentos sobre reformas a realizar, o CDS afirma que "tem o seu próprio caminho".
A entrevista de Judith Menezes e Sousa a Nuno Magalhães.
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Nuno Magalhães diz que "não seria a primeira vez e se calhar não será a última" que o CDS ficaria sozinho na "oposição firme, construtiva e propositiva".
"O nosso caminho é aquele que iremos fazer independentemente de táticas, de amuos e de convites de outros partidos", garante o líder parlamentar centrista que vai abrir, esta tarde, as Jornadas Parlamentares do CDS no distrito de Setúbal.
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Questionado sobre a eventual "sedução" entre PS e PSD, Nuno Magalhães diz que "esses ziguezagues são com o PS".
"Essa eventual sedução é entre os dois, e por isso três são de mais", ironiza o deputado do CDS.
E explica que PSD e CDS "são partidos diferentes, com personalidades diferentes e histórias diferentes"
"Não há nenhum problema nisso", diz Magalhães lembrando que, quando foi possível e necessário, houve espaço para "convergências".
"Temo pelo futuro do diálogo social"
Neste primeiro dia de jornadas, o CDS convidou António Saraiva, Presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal e Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT - União Geral de Trabalhadores) para um debate com o tema "Diálogo Social para Mais Investimento, Melhores Empregos e Melhores Salários".
Nuno Magalhães acusa o Governo de assumir uma posição "desprendida" em relação à falta de acordo em sede de concertação social e receia que o executivo socialista ceda aos parceiros da esquerda em matéria de leis laborais.
"Tendo em atenção que o Governo não conseguiu a um acordo de concertação social, tendo em conta que o Governo aumenta o salário mínimo nacional, desrespeitando os próprios parceiros sociais, temo pelo diálogo social e que esta possa ser a antecâmara para a revisão das leis laborais, se assim for, aqui estará a oposição firme do CDS", avisa o líder da bancada centrista.
O CDS insiste que se não houver acordo entre sindicatos e administração na AutoEuropa, "as consequências serão trágicas" para o distrito de Setúbal.
Esta segunda-feira de manhã, os deputados visitam o Porto de Setúbal e a empresa Lauak Portuguesa, seguindo-se um almoço-debate, em Palmela, com o ex-presidente da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, sobre captação de investimento estrangeiro.
O dia termina na Cova da Piedade, Almada, com um jantar que juntará as estruturas locais e os deputados do CDS.
O dia de terça-feira é dedicado à Saúde, com uma visita ao Hospital de S. Bernardo e um painel de debate sobre "Repensar o SNS: Que Sistema de Saúde Pretendemos", para o qual o CDS convida o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, o Presidente da Associação de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, e o antigo Diretor do Hospital de S. João, António Ferreira.
Amanhã, ao fim da tarde, Assunção Cristas encerra os trabalhos.
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