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domingo, 28 de janeiro de 2018

“MELHORES DA EUROPA”




Portugal além de ser o “melhor” país da Europa em centenas de aspectos, é também o “melhor” do mundo em dezenas de outros. É pelo menos o que dizem as cornetas do capitalismo em fase terminal e a sua necessidade vital de se iluminar de nada.

É, pois, sabido que a “melhor” polícia da Europa é portuguesa, naturalmente, e que é uma das “melhores” do mundo. E neste inebriar patético de lavagens ao cérebro do pobre matraquilho multi-classista (isto é que é ser moderno), também haviam de chegar as parangonas épicas sobre a “melhor” Procuradora-Geral do mundo e arredores, a senhora que dá pelo nome de doutora Vidal.

Guerrilha aberta pela direita nacional sobre a eventual substituição precária de tão eminente quadro jurídico, sustentáculo insubstituível da peculiar justiça portuguesa. Nunca se tinha visto tanto justicialismo operativo e a sua eficácia contra o crime de colarinho branco, como com esta magistrada de direita, e por isso mesmo, de uma qualidade profissional que a coloca fotograficamente como um ícone dos meandros de Haia (é traduzir, é traduzir…).

Ora, acontece, porém, que esta estrela luzidia do combate à corrupção, teve em cima da sua secretária (soube-se agora), há 23 anos atrás (e durante 2 meses), o famoso processo de roubo de 3 crianças à sua mãe (a “Maria” da TVI), com base em mentiras e crimes altamente punidos pela lei portuguesa.

Foi alertada por duas técnicas superiores, esta superlativa especialista em direitos e cuidados das crianças, e por duas vezes, sobre a obscuridade daquela suposta adopção feita em nome da quadrilha religiosa da IURD.

Se, benevolamente, dermos de barato que a Joana Marques Vidal não viu nada daquilo que deveria ter observado, por confiar nos escriturários que elaboram os processos de adopção de crianças, estranha-se que alguém de tanta responsabilidade institucional, a figura máxima ao tempo, não lhe tenha ocorrido dar uma vista de olhos por cima do dossier. Fazer uma breve leitura, mesmo na diagonal, daquela historieta de gente pobre vendida como carne num mercado de Arronches.

O resultado final da tragédia da “Maria” (e de tantas, tantas, mas tantas outras mães e pais pobres) é que foi cometido o crime mais hediondo após o 25 de Abril de 1974.

Guilherme Antunes in facebook 




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