E existem os "idiotas úteis" que se consideram "revolucionários" enquanto deambulam pelo conforto do consumismo o desconforto das dívidas, das hipotecas, o desemprego e dos bolsos vazios.
Clamam por tudo e por nada sem nunca conhecerem ou ousarem apontar o mal, o cerne da sua "miséria franciscana" a origem dos problemas que os afectam.
Um dia falam mal dos comunistas e logo a seguir dos capitalistas, e deambulam desorientados e cegos durante décadas e décadas, espumando raiva contra os que não aceitam a exploração a submissão, e amouxam, beijam o cu, aos que surpreendentemente idolatram, os fascistas, os patrões, os carrascos, os responsáveis pela sua ruína, tristeza, má sorte e destino miserável.
Socorrem-se de alienações religiosas, bruxedos, frases como a " sina", a pobreza honrada, deixando-se enlevar no chorrilho das frases feitas do fascismo salazarista e da Igreja sua cúmplice.
Não passam de "Marias que vão com as outras" sempre com tiques, com manias, com histerismos doentios que ora são de revolta, ora de obediência.
Detestam as utopias, principalmente a utopia socialista e derretem-se na ilusão de que serão ricos, nunca passando de meros escravos voluntários e ignorantes.
Furtam-se ao debate de ideias e como crianças inocentes acreditam mais no "papão explorador" do que na força dos companheiros de trabalho, na sua luta e na sua capacidade de unidade e acção.
Afogam-se temporariamente na demagogia dos falsos profetas sempre na esperança de que o bom profeta venha à terra e os liberte de todos os males que covardamente recusam combater nos locais de trabalho, na sua terra, no seu país.
António Garrochinho
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