AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A descoberta do medicamento mais usado no mundo


Você conhece o ácido acetilsalicílico? 
Provavelmente não. 
Mas conhece o AAS, aspirina, entre outros. 
Veja como esse remédio foi descoberto e ajudou a todo o mundo.

 http://www.bioorbis.org/2015/12/a-descoberta-do-medicamento-mais-usado.html
Comprimido de ácido acetilsalicílico, medicamento comercializado sob diferentes nomes. Fonte da imagem: baomoi.

VAMOS DESCOBRIR...

Em 1763, Edmund Stone deu o primeiro passo em direção à descoberta de um dos medicamentosmais utilizados atualmente. Ele notou que a casca do salgueiro propiciava um tratamento efetivo para pacientes que sofriam de um determinado tipo de febre. Para Stone, a explicação para o efeito dacasca do salgueiro era muito simples. Segundo ele “os remédios de muitos males naturais estão sempre situados próximos às suas causas”. De fato, o salgueiro cresce nas mesmas regiões úmidas onde se pode adquirir a febre que pode ser tratada com a sua casca.

salgueiro (Salix), popularmente conhecido como “chorão”, é a árvore de onde se extraiu inicialmente a substância orgânica ácido salicílico. Pesquisas envolvendo tal substância conduziram à descoberta de um derivado seu, o ácido acetilsalicílico, atua como medicamento analgésico. Fonte da imagem: pixabay.

Cinquenta anos se passaram até que o ingrediente ativo da casca do salgueiro fosse isolado e denominado salicina, nome que deriva da palavra latina salix, que quer dizer “salgueiro”. Mas cinquenta anos decorreram até que uma síntese industrial (isto é, em larga escala) desse composto se tornasse disponível. Nessa época, o composto já era conhecido como ácido salicílico, uma vez que suas soluções aquosas saturadas são muito ácidas (pH = 2,4).

Salgueiro chorão. Fonte da imagem: pixabay.

No final do século dezenove, o ácido salicílico era usado para tratar febre reumática, gota e artrite. Muitos pacientes tratados com essa droga se queixavam de irritação estomacal crônica, causada pela acidez das elevadas doses (6g a 8g por dia) necessárias para aliviar os sintomas dessas doenças

Felix Hoffman. Fonte da imagem: idealog.

Como seu pai era um desses pacientes, o químico Felix Hoffman pesquisou um derivado do ácido salicílico que fosse menos ácido. Em 1898, Hoffman relatou que o éster acetílico do ácido salicílico (ácido acetilsalicílico) era mais efetivo e, ao mesmo tempo, mais bem tolerado pelo organismo. Ele denominou esse composto aspirina, utilizando o prefixo a, do nome acetil, e spirin, da palavra alemã empregada para o composto original obtido do salgueirospirsäure.

Fonte da imagem: brasilescola

A existência de uma droga que reduz tanto a dor quanto a febre iniciou uma busca por outros compostos que pudessem ter o mesmo resultado. Embora fosse baseada na tentativa e erro, essa pesquisa inevitavelmente produziu uma variedade de substâncias tais como analgésicos,antipiréticos e agentes anti-inflamatóriosAnalgésicos aliviam a dor sem reduzir a sensibilidade ou a consciência, antipiréticos reduzem a temperatura corporal quando está elevada e agentes anti-inflamatórios combatem inchaço ou inflamação das juntas, da pele e dos olhos.

ATENÇÃO: A automedicação, isto é, o consumo de medicamentos sem orientação médica, é uma atitude extremamente perigosa para a saúde.
JAMAIS SE AUTOMEDIQUE!

Fonte: G.B. Bodner e H.L. Pardue. Chemistry. An experimental science. 2. Ed. New York, John Wiley, 1995. p. 970
www.bioorbis.org.

Sem comentários: